No mês passado, Minas Gerais registrou um total de 39.997 novas empresas abertas no acumulado do ano, um aumento significativo de 12,51% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 35.550 registros. Os dados são parte do relatório mensal da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), do Governo de Minas, divulgado ness segunda-feira (24).
Montes Claros aparece em uma posição de destaque, contribuindo com 829 novos empreendimentos no acumulado do ano e 171 em maio. As regiões com maior destaque em termos percentuais de aberturas empresariais em maio foram o Centro-Oeste (20%), Jequitinhonha/Mucuri (12,50%) e Vale do Rio Doce (11,44%).
Em números absolutos, as regiões que mais se destacaram foram a Central, com 3.362 novas empresas, seguida pelo Sul de Minas (893) e Triângulo Mineiro (848). Belo Horizonte lidera como o município com maior volume de aberturas, totalizando 10.716 novos negócios no ano, com 2.031 empresas constituídas apenas em maio.
Além disso, Uberlândia (2.444 no ano e 489 em maio), Contagem (1.319 e 240), Juiz de Fora (1.051 e 185), Uberaba (810 e 137), Betim (600 e 112), Ipatinga (557 e 121), Divinópolis (541 e 72), e Governador Valadares (515 e 98) completam o ranking dos dez municípios com maior número de novas empresas no estado.
No total, Minas Gerais viu 7.532 novos empreendimentos surgirem somente em maio, representando um crescimento de 5,21% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram registradas 7.159 aberturas.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, atrela o resultado positivo às políticas públicas que propiciam um aumento da competitividade entre os setores produtivos estaduais.
“Hoje os empreendedores vêm para Minas porque confiam no trabalho que é feito aqui. Promovemos um ambiente atrativo para as grandes empresas e incentivamos a formalização e evolução dos pequenos negócios. Com isso, a geração de emprego e renda é consequência natural em um estado que preza pela livre iniciativa do mercado”, ressalta Passalio.
Segundo o relatório da Jucemg, todos os setores – incluindo indústria, comércio e serviços – registraram resultados positivos no acumulado do ano em comparação aos cinco primeiros meses de 2023.
O setor de serviços liderou o crescimento com uma alta de 14,25%, seguido pela indústria com 11,46% e pelo comércio com 7,45%.
Apenas em maio, foram iniciados 398 novos empreendimentos no setor industrial, 1.701 no comércio e 5.433 no setor de serviços.
Segundo a presidente da Jucemg, Patricia Vinte Di Iório, esse crescimento, em grande parte, é incentivado pela redução da burocracia, avanço na digitalização e maior facilidade na abertura e movimentação de empresas.
“O saldo positivo de empresas abertas este ano, somente nestes cinco primeiros meses, mostra que, em Minas Gerais, o empreendedor tem encontrado um ambiente cada vez mais atraente e favorável para implantar e expandir seus negócios”, completa Patricia.
Nesse contexto, um exemplo de iniciativa que impulsiona o empreendedorismo é o programa Redesim + Livre. Lançado pela primeira vez este ano em Patos de Minas, região do Alto Paranaíba, essa solução já foi adotada por 17 municípios, enquanto outros 12 estão na fase final de testes. Além disso, aproximadamente 30 cidades mineiras estão em estágio avançado de preparação documental.
Criado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), em colaboração com a Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg) e o Sebrae Minas, o programa é direcionado aos municípios participantes do Minas Livre Para Crescer, incentivando a liberdade econômica. Essa plataforma automatiza todos os processos de abertura e regularização de empresas em nível municipal, para negócios classificados como de baixo e médio risco, permitindo que uma empresa se torne operacional em poucos minutos.
O relatório da Jucemg abrange empresas de todos os portes, excluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs), cujos registros são feitos diretamente no Portal do Empreendedor do governo federal, sem envolvimento das juntas comerciais estaduais.
A Jucemg também reportou sobre o número de encerramentos empresariais em Minas, que atingiram 4.715 registros em maio, marcando um aumento de 16,33% em relação a maio do ano anterior (4.053 extinções). No acumulado do ano, o total de extinções chega a 25.658 registros.