A Arábia Saudita anunciou nesse último domingo (23) que 1.301 peregrinos morreram durante a grande peregrinação muçulmana do hajj, que aconteceu recentemente no país, com ondas de calor intenso.
“Que Alá perdoe e tenha piedade dos falecidos. As nossas sinceras condolências vão para as suas famílias”, afirmou o governo saudita.
Ainda de acordo com o governo, a maior parte das pessoas que morreram não tinham autorização para participar do encontro anual. Eles não tinham hotel marcado para pausas, o que os obrigava a longas caminhadas, ao sol, sem qualquer tipo de proteção ou descanso.
“Infelizmente, o número de mortos chegou a 1.301, dos quais 83% não estavam autorizados a participar do hajj. Eles percorreram longas distâncias debaixo de sol, sem abrigo ou conforto adequado”, informou a agência de notícias oficial da Arábia saudita.
Peregrinação à Meca
O hajj é um dos cinco pilares do Islã e determina que um muçulmano peregrine a Meca pelo menos uma vez na vida, caso possa fazê-lo.
A peregrinação, ou hajj, começa com o rito do “tawaf”, que consiste em dar voltas na Kaaba, uma estrutura cúbica preta, na direção da qual todos os muçulmanos do mundo rezam, localizada no coração da Grande Mesquita.
Posteriormente, os fiéis seguem para Mina, um vale cercado por montanhas rochosas a vários quilômetros de Meca, onde passarão a noite em tendas climatizadas.
A tradição é uma fonte de prestígio e legitimidade para a Arábia Saudita, no qual o rei leva o título de “Guardião das duas mesquitas sagradas” de Meca e Medina.
Os vistos para Meca são autorizados pela Arábia Saudita de acordo com um sistema de cotas por país. Muitos muçulmanos, que não têm condições, conseguem chegar ao local, no entanto, não têm acesso às instalações climatizadas para dimnuir os efeitos do calor.
*Com informações de Itatiaia