Coluna Movimento e Sáude: tecnologia é vilã de uma vida ativa

Foto: Loren Carneiro/ Arquivo Pessoal

A prática regular de exercícios físicos é fundamental para manter o bem-estar físico, psíquico e social. A falta ou a diminuição de uma vida ativa torna as pessoas mais propensas a desenvolver doenças, como a diabetes e problemas cardiovasculares.

Com as facilidades que a tecnologia apresenta, se exercitar é algo que fica cada vez mais em segundo plano. Mas essa comodidade pode ser prejudicial à saúde e resultar no conhecido sedentarismo. De acordo com dados publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é considerado o país mais sedentário da América Latina e o quinto do mundo. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirmou que cerca de 47% dos brasileiros são sedentários.

As redes sociais

As redes sociais são as grandes vilãs para uma vida mais ativa. Além disso, a procrastinação pode tornar uma pessoa sedentária e gerar culpa no indivíduo por não ter feito aquilo que deveria ser feito.

Foto: Divulgação/ Redes Sociais

Nosso cérebro gosta de tudo o que dá para ele um prazer imediato e as tecnologias como compras on-line, dão essa sensação. Ou seja, antes as pessoas saíam de casa para comprar as coisas e nisso se exercitavam, mesmo que minimamente, mas agora isso pode ser feito deitado na cama sem esforços.

Alimentação, descanso e atividade física são os três pontos principais para uma vida ativa. A má alimentação pode causar falta de energia, prejudicando a prática de atividades. É preciso que tudo esteja alinhado para um bom funcionamento do corpo. Uma dica é fazer atividades simples para movimentar o corpo como trocar o elevador pelas escadas, e o carro pela bicicleta.

Sedentarismo infantil

Com o aparecimento de tecnologias cada vez mais acessíveis para a criançada, muitas vezes elas têm preferência por passar o tempo livre em frente às telas, brincando com videogames e navegando pelas redes sociais, em vez de praticarem brincadeiras mais dinâmicas que exijam do corpo. Isto tem se tornado um agravante para o sedentarismo infantil, que após os tempos de isolamento social sofreu um grande aumento.

O cenário preocupa os especialista, afinal, o sedentarismo infantil pode trazer profundas consequências para a saúde das crianças. Além da obesidade a falta de atividade física é capaz de afetar a qualidade do sono, desempenho nos estudos, causar cansaço excessivo e falta de força muscular. As crianças precisam estar em movimento para que não se tornem adultos sedentários.

A  companhia dos pais é fundamental durante para o incentivo e prática. Exercícios físicos, brincadeiras e recreação são essenciais para o desenvolvimento físico, motor, intelectual e social da criança, interferindo no seu desenvolvimento integral. Além disso, pode ajudar a prevenir a obesidade infantil. O ambiente também influencia no comportamento das crianças. Por isso, é fundamental que os pais sejam exemplos e motivem os filhos, além de mostrarem a importância da atividade física para a saúde. A conscientização se faz necessária, desde cedo.