Recomeçar! Este verbo que nos impulsiona a sairmos do poço de nossas frustrações, de nossas decepções, e, começarmos a caminhada novamente. Agora em direção completamente oposta aos nossos velhos hábitos.
Sim! Esta pequena partícula re- faz toda a diferença semântica no vocábulo em questão, pois tal partícula é tratada como prefixo de origem latina que carrega três sentidos, a saber: repetição, como em reler (ler de novo); reforço, a exemplo de “revirar” (virar muitas vezes); e, retrocesso, “retornar” (voltar para o ponto de partida).
Recomeçar portanto, é começar de novo, é entrar por nova estrada cujo caminho a ser percorrido é incerto. É como se, depois de longo período de dificuldades, fôssemos colocados diante da realidade tão sonhada, que se torna quase impossível não querermos caminhar. Apesar de que, agora sem o vislumbre do recomeço, é perceptível que este novo caminhar não é só “mar de rosas”, todavia já nos sentimos mais preparados para caminhar, porque a mesma dor que nos dói, é a que nos fortalece.
Até poderá haver dias melancólicos, mas haverá também certeza e muita vontade de fazer melhor tudo em que nos empenharmos a fazer na vida.
Para recomeçar é necessário ter coragem, para garantir firmeza nas decisões; comprometimento e persistência para que esse mesmo ato de entrar por mundos não explorados deixem de ser empolgantes. Há que se driblar desconfianças, inseguranças e incertezas, e, mergulhar em águas nunca antes afundadas.
O recomeço é, antes de tudo, exercício profundo de desprendimento e de autoconhecimento (que deve ser grafado sem hífen). Ele é, sobretudo, um lugar de partida; vital e cheio de boas expectativas. Recomeçar! Vamos?!