No mês de abril, uma cor especial ganha destaque: o azul. É o momento em que o mundo volta sua atenção para uma causa importante – a conscientização sobre o autismo. Neste mês, conhecido como Abril Azul, várias iniciativas são desenvolvidas para promover a conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
De acordo com o psicólogo Mateus Mendes, em meio a campanhas, eventos e iniciativas educativas, é fundamental compreender a complexidade do autismo, desde seus sinais iniciais até a importância do diagnóstico precoce e do apoio contínuo. “A intenção é difundir a informação e reduzir o preconceito e a discriminação de pessoas com o espectro autista”, diz.
O psicólogo ressalta que é essencial compreender as características deste transtorno que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Desde os primeiros meses de vida, existem sinais que podem indicar a presença do TEA. “Podem ter pouco ou nenhum contato visual, dificuldade para fazer amizade, não gostar de ser tocado, dificuldade para expressar seus sentimentos, restrição alimentar, movimentos estereotipados, dentre outros sinais”, explica Mateus.
Além dessas características, também existem outros sinais que os pais, cuidadores e profissionais devem estar atentos. Entre eles está o interesse limitado e específico, uma vez que é comum que indivíduos com autismo tenham interesses intensos em temas específicos, muitas vezes focando em um assunto de forma obsessiva. Algumas pessoas com autismo podem ser hipersensíveis ou hipoativas a estímulos sensoriais como luz, som, texturas e cheiros. Outro sinal pode ser quanto a dificuldade na linguagem e na compreensão.
O psicólogo Mateus Mendes ressalta que o diagnóstico do autismo é feito por profissionais qualificados, após uma avaliação abrangente. “Esse transtorno só pode ser diagnosticado por um psiquiatra, um neuropediatra ou um psicólogo capacitado”, ressalta.
O Abril Azul nos lembra da importância de estar atento às necessidades das pessoas com autismo e de oferecer apoio e compreensão. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais cedo a intervenção adequada pode ser iniciada, o que é fundamental para o desenvolvimento e bem-estar da pessoa com autismo.
Texto Ana Paula Paixão