A burocracia no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm sido motivo de grande preocupação para muitos brasileiros que dependem dos benefícios previdenciários. Desde a análise dos pedidos até a marcação de perícias, muitas pessoas têm enfrentado dificuldades que comprometem sua estabilidade.
É o caso da Josielma de Queiroz, que após nove longos meses afastada, enfrentou uma jornada preocupante de quatro meses apenas para conseguir agendar sua perícia. Após essa etapa, aguardou mais 15 dias até receber seu primeiro pagamento. No entanto, suas dificuldades não terminaram por aí.
“Meu atestado era para seis meses, já estive na perícia novamente e até hoje não saiu o resultado do acerto pós-perícia. Já voltei a trabalhar e eles não têm nenhuma previsão. Já liguei e informaram que tenho que acompanhar pelo aplicativo, mas lá só fala que está em análise”.
O advogado previdenciário, Rafael Lima destaca que casos como o de Josielma são mais comuns do que se imagina.
“Provavelmente ela ainda não teve acesso a esse resultado devido ao INSS não ter analisado o pedido e as documentações enviadas. A melhor forma de resolver isso seria comparecer à agência e também ajuizar um mandado de segurança”, explica Lima.
Ele também enfatiza ainda a importância de buscar orientação jurídica especializada. “Cada caso possui particularidades que demandam estratégias específicas. Entretanto, em linhas gerais, comparecer à agência do INSS e, se necessário, recorrer à justiça são as principais alternativas para lidar com a demora nos acertos pós-perícia”.
Dados divulgados pelo portal da Transparência Previdenciária, evidenciam a magnitude do problema: a fila de espera de beneficiários do INSS chega a quase 2,3 milhões de pessoas em todo o país. Desse total, 1.197.750 processos aguardam análise administrativa para concessão de benefícios, além de 596.699 pedidos de perícia médica.
A experiência de Josielma não é um caso isolado. Ela reflete um sistema previdenciário sobrecarregado, onde as pessoas enfrentam dificuldades para acessar seus direitos básicos. Enquanto isso, a espera por uma resolução adequada continua deixando muitos brasileiros em uma situação de vulnerabilidade e desamparo.
A equipe do Portal Webterra fez contato com o Instituto Nacional do Seguro Social para maiores esclarecimentos de tais burocracias, mas até o fechamento desta matéria não tivemos retorno.
Texto por Ane Mello