O Banco Central elevou sua projeção de crescimento econômico de 1,7% para 1,9% neste ano, segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (28).
Se confirmada, essa previsão representa uma desaceleração em relação ao patamar do ano passado, de crescimento de 2,9%.
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A previsão do BC para o Produto Interno Bruto (PIB) está abaixo da estimativa atual do Ministério da Fazenda de 2,2%. Esse número, no entanto, deverá ser revisado ainda neste semestre pela equipe econômica, segundo o ministro Fernando Haddad.
A mudança nas projeções do Banco Central para o PIB fazem com que elas fiquem levemente acima das perspectivas do mercado financeiro, que prevê um crescimento da economia de 1,85%, atualmente.
Estimativas para inflação ficam inalteradas
Sobre o IPCA, o Relatório reconhece que o índice “surpreendeu para cima no trimestre encerrado em fevereiro”. Essa foi a primeira surpresa para cima após quatro trimestres com índices abaixo do esperado.
Nos três meses até fevereiro, a inflação oficial ficou 0,54 ponto acima da expectativa do Copom. “A surpresa de alta no trimestre deveu-se principalmente aos segmentos de preços administrados e de alimentação no domicílio”, cita o documento.
Entre os preços com influência do governo – os administrados – a surpresa se concentrou na gasolina e produtos farmacêuticos. Na alimentação no domicílio, os aumentos maiores que o esperado foram vistos em alimentos in natura e no agregado de arroz e feijão e em leites e derivados.
Apesar dessa surpresa, as estimativas do BC para o IPCA não foram alteradas. No cenário com a Selic esperada pelos economistas na pesquisa Focus, a projeção para o IPCA em 2024 foi mantida em 3,5%.
Por mês, o BC trabalha com a expectativa de alta do IPCA de 0,24% em março, 0,35% em abril, 0,27% em maio e 0,15% em junho.
Para 2025 e 2026, também foram mantidas as previsões com inflação oficial de 3,2% em cada um dos dois anos.
[Com informações de CNN BRASIL]