Falta de interesse pela vida, vontade de me lançar à frente de um carro, não encontro saída, incapacidade de ficar sentado, esfrega as mãos, passa a mão nos cabelos , choro. E as vezes repetindo “não tenho motivos para sentir isso”, “por que Deus não me ajuda”.” É muito ruim o que estou sentindo ” estou com medo”. “Tomo remédio e não há melhora”
Tristeza e angústia acontece com todos os seres humanos, queremos um reino na terra com ausência de dor. Essa busca alucinante piora ainda mais porque ela não existe plenamente. Precisamos lembrar que somos seres imperfeitos, enfrentar a vida com mais leveza, mesmo na minha impossibilidade.
Aceitar os fatos e acontecimentos humanos que não posso mudar justamente porque sou humano, não sou onipotente. Conviver comigo por aquilo que não sou e que não tenho é a consciência da minha incompletude. Assim, sentir o que sinto, faz parte da minha natureza, permanecer neste sentimento é alimentar os pensamentos e a imaginação que no prazer e no bem estar humano encontrarei plenitude.
Luta eterna e dissociada da realidade, lugar no meu “eu” propício para sentir o que sinto, acentuando a ideia errada do livramento da minha própria imperfeição. Amar é querer algo de bom para alguém, eu sou este alguém, com tudo que existe como os terremotos e intempéries do tempo, doença,dificuldade econômica, relação afetiva embaraçada.
Pensar me faz sentir, sentir me faz pensar, sentir é realidade, mas nem tudo que sinto é verdade pois meu pensamento pode está distorcido. Fruto de uma doença física ou doença mental ou numa forte emoção com interpretação catastrófica.