Enquanto conversamos com as pessoas ao nosso redor podemos perceber que algumas delas vivenciam situações bastante complexas diante dos outros com os quais elas convivem. Elas chegam a dizer que algumas vezes são momentos quase insustentáveis. Na verdade todos nós passamos por ocasiões soberbas. O que não pode haver de nossa parte é a indiferença, mas uma postura inteligente para lidar com tais processos vitais. Interessante é que Chico Xavier, líder espiritualista brasileiro, nos alerta que “não há problema que não possa ser solucionado com paciência”. De outro modo quando estamos em ocasiões inusitadas, essas podem nos tirar a visibilidade. Por isso que se faz cogente viver por uma visão prospectiva e não somente imediatista. Nesse entendimento, Antoine de Saint-Exupéry nos orienta que “quando as coisas estão graves, a cegueira habita em nós. E por isso se faz necessário enxergar bem mais com os olhos do coração”.
Observemos que havia dois irmãos que moravam em uma grande fazenda que era dividida por um riacho. Eles mantiveram uma convivência harmônica por muito tempo. Até que então entraram em um conflito que fez com que eles ficassem sem se falar por longas semanas. Naqueles dias um carpinteiro bateu à porta do irmão mais velho buscando emprego. O fazendeiro então disse que tinha um serviço para ele sim. Pediu então ao carpinteiro que construísse uma grande cerca na beira do riacho para que não precisasse mais ver o irmão mais novo. O carpinteiro então disse que iria fazer um belo trabalho. Naquele dia o fazendeiro foi para a cidade para realizar alguns negócios enquanto o carpinteiro estava a trabalhar na cerca. Ao final do dia então chegou o fazendeiro e se deparou com uma grande surpresa! Na verdade não havia nenhuma cerca ali construída, mas o carpinteiro construíra uma ponte sobre o riacho que fez ligar as duas fazendas. Naquela hora o fazendeiro ficou furioso e começou a indagar o carpinteiro sobre o porquê de ter construído aquela ponte.
Enquanto apontava para a ponte o fazendeiro avistou o seu irmão mais novo vir correndo sobre a ponte. E o irmão mais novo vinha com os braços abertos em sua direção. Naquela hora o fazendeiro se levantou imediatamente e também foi correndo ao encontro do irmão mais novo. Os dois se encontraram no meio da ponte e deram um abraço apertado, emocionado e ali ficaram por um bom tempo chorando. Pouco tempo depois perceberam que o carpinteiro estava juntando as ferramentas para ir embora, mas o fazendeiro disse a ele para ficar, pois havia mais trabalho a fazer. Todavia o carpinteiro disse que adoraria ficar, mas teria outras pontes para construir em outros lugares. Bem, desse conto podemos perceber, podemos em vida construir pontes ou barreiras junto aos familiares, amigos e colegas de serviço. A escolha é nossa! Ocorre que quando construímos barreiras, nos limitamos, fazemos na verdade uma prisão para nós mesmos. Enquanto quando construímos pontes estabelecemos semeadura de amor, paz e harmonia em meio às pessoas. Então o que temos construído – pontes ou barreiras em nossa vida?