Temos um grande desafio por toda a vida, de crescer primariamente em prudência, justiça, fortaleza e temperança. Talvez você se pergunte o porquê trazermos essas quatro palavras como parte da conquista existencial. De certo que há vertentes históricas que nos levam a crer que a humanidade possui mais de 350 mil anos em sua essência. E é claro que durante tantos milênios a evolução em todas as áreas foi tremenda. Isso quer dizer para que chegássemos ao nível atual tecnológico, social, e de desenvolvimento humano passamos por muitos aprendizados, experiências que nos fizeram chegar até aqui no ano de 2024 com tudo o que temos e professamos por toda parte nos quatro cantos do mundo. Igualmente grandes estudiosos, como Platão, Aristóteles e outros foram os pensadores que nos auxiliaram a desenvolver atitudes e pensamentos para novamente sermos o que somos. Entre essas premissas desenvolvidas, nos confiaram virtudes a galgar para compreender a realidade do mundo e a condição humana para uma mentalidade mais prazerosa e satisfatória.
Não em vão, nos instrui Platão, o filósofo grego da antiguidade, que “para mover o mundo – o primeiro passo será mover a si mesmo”. Então a busca do autodesenvolvimento ao que nos é preceituado se faz altamente relevante, já que para a compreensão do exterior de um ser humano é indispensável o domínio do mundo interior de maneira implacavelmente individual e solitária. Vencer desafios se torna decisão de vencedores, ao passo que as dificuldades somente acometem os perdedores, pois os que não se atrevem a sair de si, e apenas se curvam, são realmente os que conceituam qualquer coisa como dificuldade para ter o que se justificar e com quem se desculpar. Para o médico e psiquiatra brasileiro, Roberto Shinyashiki, “ser um campeão não é superar o outro, mas conseguir realizar os seus talentos no nível mais alto de sua existência”.
Em consequência aos nossos atos sempre há o que se refletir e aprender – aí está a chave da evolução humana. Ainda assim há que se inferir que as maiores virtudes elencadas no início desse texto são resultado de um constante e consistente trabalho físico, mental e emocional (espiritual). Na verdade não há como se conquistar prudência se não estamos em constante reflexão dos conflitos que vivenciamos conosco e com os nossos semelhantes; vale destacar que o alcance da justiça em nossas ações é por vezes subjetivo, mas perante a régua e a balança humana se perfaz um movimento gradativo e de contínuo gosto pela satisfação dos lados contrários que a vida nos impõe. Por conseguinte a fortaleza e a temperança se perfazem praticamente como o resultado das duas primeiras virtudes de justiça e prudência. Isso posto, haja vista que em razão da conquista das virtudes humanas para o desenvolvimento essa se dá na preparação, no desenvolvimento e no resultado de tudo o que buscamos.