A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (PCMG) concluiu nesta terça-feira (02/1) inquérito policial que apurou o homicídio de um jovem de 21 anos, ocorrido em uma boate na cidade de Montes Claros, em 16 de dezembro 2023.
Conforme o delegado Cezar Salgueiro, que conduziu a investigação, na madrugada em que aconteceu o crime, um jovem de 29 anos, portando uma arma de fogo e tendo se identificado como PM atuante em São Paulo, entrou em uma boate no bairro Jardim São Luiz, em Montes Claros. O suspeito estava acompanhado de sua namorada, e consumiu diversos tipos de bebidas alcoólicas durante toda a sua permanência no estabelecimento. Por volta das 04h00, resolveram ir embora, quando a namorada sentiu falta de uma blusa e ele retornou para buscar tal peça de roupa.
A PC disse ainda que, ao retornar para o interior da boate o homem encontrou duas jovens e as questionou sobre a propriedade da blusa que estava na posse de uma delas. Diante da resposta de que a blusa pertencia a uma das jovens, o suspeito sacou a arma de fogo e a ameaçou. Ao ver a amiga ser ameaçada, a outra jovem interveio e foi agredida pelo por ele com uma coronhada da arma de fogo em seu rosto. Quando percebeu que a namorada estava sendo agredida, o amigo da vítima questionou a atitude, o policial respondeu com agressões também causadas por coronhadas da arma de fogo do suspeito.
O jovem tentou se esquivar das agressões deixando a cena e foi seguido pelo suspeito. Observando o ocorrido, a vítima, um jovem de 21 anos, na tentativa de controlar a agressão contra o amigo, seguiu atrás do agressor dando-lhe um empurrão, que não foi suficiente para conte-lo. A vítima então, desferiu-lhe um ‘murro’ ao que o suspeito respondeu com um disparo de arma de fogo contra o jovem.
A vítima teve seu óbito constatado no local dos fatos.
O suspeito deixou o local e se apresentou na delegacia de plantão, entregando a arma de fogo usada no crime, bem como sua identidade funcional. A prisão em flagrante foi ratificada e o investigado continua recolhido no sistema prisional, à disposição do Poder Judiciário.
O delegado concluiu o inquérito indiciando o suspeito pelo cometimento do crime de homicídio qualificado, por motivo fútil, devendo ainda responder pelos crimes de ameaças e lesões corporais causadas às outras vítimas.