No limiar da existência humana é possível que nos questionemos o porquê de haver tantas diferenças sociais e econômicas em meio à sociedade. Clarividente que podemos levantar várias hipóteses que irão nos direcionar a tais respostas, sejam elas: históricas, geográficas ou até políticas.
Contudo neste momento gostaríamos de enfatizar algo que em meio ao desenvolvimento pandêmico dos dois últimos anos, foi um dos aprendizados que iremos guardar para toda a vida. Para o filósofo grego, Aristóteles, “é fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer”.
Nesse sentido vale dizer que um dos muitos desafios que alguns enfrentaram foi de fato o de automotivar-se para continuar a desenvolver trabalho e estudo no mesmo ritmo em que vinha sendo feito, mesmo em confinamento em suas próprias residências. A casa da família virou lugar de trabalho, virou escola, virou bar, virou casa de festas, etc. A casa se virou e revirou!
Então nesse entendimento postulamos que a automotivação é um dos pilares da inteligência emocional. Ainda assim tal expressão faz parte do princípio de que sabemos para onde vamos, isto é, temos um objetivo pré-definido que norteia nossos pensamentos, decisões e atitudes diárias. Igualmente isso quer dizer que a vida segue com muito mais sabor, quando estamos “energizados” no apontamento para um alvo.
Percebamos, pois que é relevante termos diariamente um motivo para levantar da cama, algo que nos ponha de pé; que faça com que abdiquemos de toda e qualquer procrastinação. Então desse ponto de vista compreendemos que iniciamos a automotivação. E mais do que isso para que tenhamos tal princípio instalado em nossa mente é indispensável trabalhar em si o autoconhecimento diário.
Não é virtude cristalina conhecer o mundo inteiro e não sabermos definitivamente quem somos, quais são nossos limites e potencialidades. Sócrates, filósofo ateniense, em momento de distinta lucidez certa vez afirmou “conhece-te a te mesmo e conhecerá o universo e a Deus”.
O processo de automotivação também perpassa pela compreensão de se ter um objetivo definido para o desenvolvimento de um dia produtivo e satisfatório. Na verdade, por outro lado, a alienação se dá justamente na inércia do ser humano. Pois quando estamos direcionados em nossas atitudes, é possível ultrapassarmos obstáculos sem que esses nos sejam “pesados demais”, pois o alvo está ainda bem mais à frente.
E os percalços no caminho serão muito mais como meios de nos impulsionarmos ao que fora desejado, pois assim estaremos muito mais preparados e forjados a lidar com a conquista vindoura. O poder de um objetivo definido é incalculável em resultados. Não é à toa que grande parte dos pensadores mundiais pode discordar em diversos aspectos da vida, mas em um eles são quase unanimidade. Refiro-me neste instante ao mais estranho segredo do mundo – “nós somos o que pensamos, o que falamos, e o que desejamos”.