A Operação Resgate III retirou 532 trabalhadores de trabalhos análogos à escravidão somente no mês de agosto. Desse total, 204 pessoas foram resgatadas em Minas Gerais, o que coloca o estado na liderança com o maior número de trabalhadores retirados de situações degradantes.
Mais de 70 equipes de fiscalização participaram de 222 inspeções em 22 estados e no Distrito Federal. Integraram os esforços na operação as seguintes instituições: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Somente no município mineiro de Rio Paranaíba aconteceu um dos resgates mais emblemáticos, quando 97 trabalhadores – entre eles, seis adolescentes, sendo uma grávida – foram encontrados em uma colheita de alho. No ambiente de trabalho não havia banheiros suficientes, local para aquecimento da alimentação e cadeiras para os empregados se sentarem. Nenhuma das pessoas tinha carteira de trabalho assinada ou recebia Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
De modo geral, as equipes flagraram 26 crianças e adolescentes submetidos a trabalho infantil, sendo que seis estavam sob condições semelhantes à escravidão. Ao menos 74 do total de resgatados na operação foram vítimas de tráfico de pessoas.
Estados com mais número de resgatados