Durante esta semana, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu a prorrogação dos mandados de prisão temporária de cinco homens, com idades entre 23 e 37 anos, alvos da operação Tribunal do Templo, deflagrada no dia 30 de maio deste ano, em Rio Pardo de Minas, região Norte do estado. O grupo criminoso é investigado pela execução de um homem, “sentenciado” pelo líder da organização.
Segundo o delegado Guilherme Banterli, que coordenou a operação, o conjunto de provas colhido durante os levantamentos permitiu apurar autoria e materialidade do crime. Sobre a prorrogação da prisão, o policial explica que o fato de a vítima ter sido morta na porta de casa, com 17 disparos, bem como o envolvimento dos alvos no tráfico de drogas, retrata a periculosidade dos suspeitos. “A prorrogação da prisão dos investigados é imprescindível para a continuação dos trabalhos investigativos”, pontua.
Durante a operação, além do cumprimento das ordens de prisão, outros dois homens foram presos em flagrante por tráfico de drogas. Banterli ressalta que ambos foram indiciados pelo crime e por associação para o tráfico, cujas penas podem somar até 30 anos. Os sete presos permanecem no sistema prisional, à disposição da Justiça.
Tribunal do Templo
A investigação que antecedeu a operação Tribunal do Templo, conduzida pela Delegacia de Polícia Civil em Rio Pardo de Minas, teve início após o homicídio ocorrido em 15 de março deste ano, quando dois ocupantes de uma moto mataram a vítima na presença da esposa dela.
No curso do trabalho investigativo, a PCMG apurou que, no momento do homicídio, o piloto da motocicleta e o atirador agiram diretamente para a execução da vítima. Os levantamentos possibilitam, ainda, a identificação de outro membro do grupo criminoso, que teria oferecido suporte para a fuga do atirador para a cidade de Taiobeiras, distante quase 50 quilômetros do local dos fatos.
Segundo apurado, o crime foi motivado pelo fato de a vítima comprar e fazer uso de drogas vendidas por pessoas distintas da organização investigada. Assim, teve a morte como “sentença”, determinada pela liderança do grupo. O líder estava foragido na cidade de Abadias do Goiás (GO), que fica a mais de 1,1 mil quilômetros de Rio Pardo de Minas, onde foi preso após a operação policial Queda do Templo.
Ainda conforme apurado no inquérito policial, o grupo criminoso movimentava alto volume de vendas de drogas e seus membros ostentavam expressivas quantias. Por isso, dois veículos supostamente comprados com dinheiro proveniente do tráfico de drogas foram sequestrados e estão apreendidos.