As vendas de veículos leves e pesados aceleraram na última semana de junho, que terminou com 189,5 mil unidades licenciadas. O resultado representa alta de 7,4% em comparação a maio. Os dados são baseados no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores).
Após um período de represamento nos registros de modelos zero-quilômetro, os emplacamentos ocorreram em grande volume. A alta se deve à redução dos preços devido ao programa de R$ 500 milhões em incentivos lançado pelo governo no início do mês.
A estimativa era de que o plano teria duração de cerca de quatro meses, mas os recursos para os automóveis atingiram R$ 400 milhões em apenas duas semanas.
Ao se considerar apenas os carros de passeio, que são o principal alvo da medida, as vendas tiveram alta de 11,4%. Foram emplacadas 142 mil unidades no último mês.
As vendas diárias atingiram a média de 9.025 unidades em junho. Em maio, foram registrados 8.024 licenciamentos/dia.
Nessa sexta (30), ocorreu um pico: cerca de 30 mil veículos leves e pesados foram emplacados Brasil afora, o que confirma o represamento.
Os descontos concedidos pelo plano do governo vão de R$ 2.000 a R$ 8.000, sendo aplicados sobre carros que custam até R$ 120 mil. Mas algumas montadoras oferecem promoções e bônus, além de lançar versões com preços mais em conta para se adequar à faixa proposta.
Uma segunda rodada de benefícios prevê mais R$ 300 milhões, dessa vez incluindo as vendas para empresas, como as locadoras. Segundo Ciro Possobom, presidente da Volkswagen do Brasil, esse segmento representa aproximadamente 50% do mercado.
A montadora está com os pátios lotados e teve que interromper a produção. O problema ocorreu devido à espera das empresas de locação, que aguardavam a liberação dos descontos. Com a retomada das vendas, o desafio é distribuir esses veículos pelo Brasil.
No acumulado do ano, a comercialização de veículos leves e pesados registra alta de 8,8% em relação a 2022. O primeiro semestre terminou com 998,6 mil de unidades emplacadas.
[Com informações de O TEMPO]