A empresa OceanGate confirmou na tarde desta quinta-feira (22) que os cinco tripulantes do submarino que estava em uma expedição turística para ver os destroços do Titanic morreram. O submersível sumiu no domingo (18) e os destroços foram encontrados nesta quinta.
Quem eram os passageiros:
- Shahzada Dawood, empresário paquistanês;
- Suleman Dawood, filho do empresário paquistanês;
- Hamish Harding, um bilionário empresário e explorador britânico;
- Paul-Henry Nargeolet, também estaria no submarino, segundo o “The Guardian” e a BBC;
- Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGat
Segundo as autoridades, a embarcação implodiu com a pressão da água.
Sabe-se que houve implosão porque os destroços mostram que a cabine que protegia as pessoas da pressão do mar foi perdida.
Foram encontradas um cone que ia na frente do submarino, uma parte de frente e uma parte de trás da cabine de pressão.
As peças foram encontradas a cerca de 500 metros dos destroços do Titanic. Ainda é cedo para determinar em qual momento a embarcação implodiu.
Passeio para ver o Titanic
A embarcação que desapareceu é chamada Titan. Ela é classificada como um submersível, pois não é autônoma (ela depende de uma plataforma de apoio para ser implantada e retornar).
O submarino turístico é uma embarcação que permite aos passageiros conhecerem o mundo debaixo d’água sem precisarem ser mergulhadores ou passarem por treinamento especializado. Geralmente, são menores do que os submarinos militares.
A OceanGate cobra US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) de cada passageiro por um lugar em sua expedição para ver os destroços do Titanic, que naufragou em 1912.
Na semana passada, a empresa começou a quinta “missão” aos destroços do Titanic, de acordo a página da empresa na internet. A viagem tinha previsão de durar oito dias e terminaria na próxima quinta-feira.
Para descer até o local dos destroços, que fica a uma profundidade de 3.800 metros no Oceano Atlântico, o submersível leva cerca de 2,5 horas.
No início de 2023, um repórter da CBS leu os termos que as pessoas devem assinar antes de embarcar. Entre outras coisas, o texto dizia que a viagem é feita em “um submersível experimental, que não foi aprovado nem certificado por nenhum órgão regulador e pode resultar em danos físicos, psicológicos, ou morte”. Não há, entretanto, informações precisas sobre os termos assinados pelos passageiros do submersível que desapareceu.