Quando saio pelo Cerrado em trabalhos de campo, comporto como se estivesse indo para um universo muito conhecido.
Sei as línguas, conheço os códigos culturais, nunca sinto deslocado ou com saudades de casa.
Nunca sofro com medo das cobras, ou de outros bichos invisíveis.
Esta zona rural é afinal, o espaço onde viveram os meus avós, e todos os meus antepassados.
Reconheço como herdeiro desse patrimônio.
E ainda mais: sinto bem de estar ligado ao Cerrado.
O que o Cerrado tem de especial que atrai a paixão de tantos visitantes?
Esse não sei o quê especial existe, de fato.
Esse poder de sedução, essa magia provém de sermos naturalmente mais acolhedores que os outros.
Nas minhas visitas aos agricultores familiares que são responsáveis pela maior parcela dos empregos gerados no campo e representa a maioria das propriedades rurais de Salinas, percebo que esse segmento caracteriza-se pela produção de uma grande variedade de alimentos, com destaque para culturas como café, feijão, mandioca, banana, cana, cachaça, rapadura, abacaxi etc.
Os pequenos agricultores familiares são considerados os responsáveis pela produção dos alimentos que são disponibilizados para o consumo da população salinense.
A agricultura familiar é constituída de pequenos produtores rurais, povos e comunidades tradicionais e pescadores.
Entre os requisitos principais, eles usam mão-de-obra familiar na maior parte das atividades e possui uma área de no máximo quatro módulos.