A Secretaria de Saúde de Campinas investiga um caso de morte por febre maculosa de uma mulher, de 28 anos, de Hortolândia. A jovem esteve no mesmo evento que a dentista Mariana Giordano, que teve a morte confirmada pela doença pelo Instituto Adolfo Lutz.
O namorado de Mariana, o piloto de automobilismo Douglas Costa, também morreu com sintomas sugestivos da infecção.
O evento em que eles estavam foi realizado em Campinas, no dia 27 de maio, na Fazenda Santa Margarida, no Distrito de Joaquim Egídio, local provável de infecção. Todos morreram dia 8 de junho.
Segundo a pasta, os exames dos dois pacientes estão em andamento pelo Instituto Adolfo Lutz, que é referência na área.
A prefeitura de Campinas destacou que os responsáveis pela fazenda foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco. Além disso, nos próximos dias, técnicos do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) farão uma pesquisa para verificar como está a infestação de carrapatos no espaço.
Febre maculosa
A febre maculosa é uma doença infecciosa, causada por bactérias, transmitidas pelo carrapato da espécie Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela. A doença, que provoca um quadro febril agudo, pode se apresentar de forma assintomática até casos mais graves, com grandes chances de morte.
Existem mais de 20 espécies de bactérias do gênero Rickettsia que podem causar febre maculosa em todo o mundo.
No Brasil, duas espécies estão associadas a quadros clínicos: a Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no Norte do estado do Paraná e nos estados da região Sudeste; e a Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves.
Os principais sintomas da febre maculosa são:
- Febre;
- Dor de cabeça intensa;
- Náuseas e vômitos;
- Diarreia e dor abdominal;
- Dor muscular constante;
- Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
- Gangrena nos dedos e orelhas;
- Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando parada respiratória.
- Na evolução da doença, também é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
Como é a transmissão?
A transmissão da doença ocorre em ambientes silvestres, nos quais exista o carrapato Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela. Para que ocorra a transmissão, é necessário que o carrapato fique fixado na pele por um período de cerca de 4 horas.
(Com informações de CNN)