O Brasil é a 9ª maior economia no mundo, mas é apenas o 124º em facilidade de fazer negócios.
Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), cada empresa brasileira precisa seguir em média 4.626 normas tributárias, que abrigam 51.945 artigos com 121.033 parágrafos. O instituto diz que é o equivalente a 6,5 quilômetros de normas. “Em decorrência desta quantidade de normas, as empresas gastam cerca de R $181 bilhões por ano para manter pessoal, sistemas e equipamentos no acompanhamento das modificações da legislação”, afirma o estudo do IBPT.
Em média 2,6 mil horas gastas pelas empresas por ano para declarar e pagar impostos.
Engrossa esse viés de dificuldades outros pontos que cercam o empreendedor limitando-o a duas opções indesejáveis: a falta de manutenção das rodovias ou um dos maiores custos de pedágio do planeta, ainda assim, as companhias preferem a segunda, mas nems sempre a encontra; outro ponto vem do custo da energia, a segunda mais cara do mundo, mesmo com facilidades de várias matrizes; outros pontos vem da infraestrutura pública e dos aparelhos da máquina administrativa, que muitas vezes atravancam a pegada audaciosa do empreendedor, já na largada – incapacidade técnica dos municípios, outro ponto nevrálgico é a mão de obra qualificada.
As dificuldades enumeradas não se esgotam por aí, só mesmo quando se põe a mão na massa para se ter conhecimento do tamanho do peso (ineficiência) do Estado sobre uma atividade econômica.
MUITO SONHO E POUCA PREPARAÇÃO
Mesmo assim, o brasileiro é o segundo que mais se arrisca em empreender no planeta. Contudo, geralmente, carrega pouca preparação. Três de cada quatro brasileiros sonham em empreender. Segundo a Endeavor, o país tem a segunda maior taxa do mundo de pessoas que sonham em se lançar no mercado, entre homens e mulheres de 18 a 64 anos, mas apenas 9% se preparam para começar seu negócio, contra 43% do Chile e 20% da Argentina.
Esse quadro sugere várias indagações: o brasileiro se joga no mercado porque não encontrou oportunidade de fazer carreira ou por opção? O hiato de falta de qualificação está onde: no Estado? ou na própria pessoa? Lembrando que a complexidade do sistema é de cunho eliminatório.