A Leishmaniose visceral canina, conhecida popularmente como calazar é uma doença infecciosa causada por um parasita e atinge cães, animais silvestres e seres humanos.
No passado, cães com o diagnóstico de Leishmaniose eram eutanasiados (sacrificados) na tentativa de controlar os casos da doença nos humanos e em outros animais. Com o passar dos anos, observou-se que essa estratégia não era eficaz e os casos da doença em humanos e animais só aumentava.
A Leishmaniose não é transmitida através do contato direto com o cachorro e nem por meio de saliva ou mordida. A transmissão ocorre através da picada do mosquito-palha infectado pelo parasita. Ao infectar o organismo, o parasita se multiplica e ataca as células do sistema imunológico, primeiramente. Quando não há tratamento, a doença evolui e pode atingir o fígado, baço, rins e medula óssea.
O mosquito transmissor da Leishmaniose se reproduz na matéria orgânica em decomposição. É muito importante manter o ambiente onde o animal vive sempre limpo e com retirada diária das fezes.
Assim como na maioria das doenças, a prevenção da Leishmaniose também é a melhor estratégia para proteger seu amigo de quatro patas dessa temida doença. O uso de coleiras repelentes e de produtos repelentes de aplicação na pele e pelos, são as alternativas mais eficazes no combate à picada do mosquito-palha.
Os principais sintomas da Leishmaniose nos cães são:
- Emagrecimento progressivo;
- Anemia (gengivas esbranquiçadas)
- Ferimentos na pele (borda das orelhas, ao redor dos olhos, focinho, cotovelo)
- Crescimento excessivo das unhas;
- Desânimo
- Perda de apetite,
O diagnóstico da Leishmaniose é feito através de exames de sangue que podem ser indiretos – como a sorologia que indica se o corpo está respondendo contra a doença ou diretos – como a análise das células do ferimentos; biópsia da ponta da orelha; PCR do sangue; punção de linfonodos e punção de medula, que por sua vez identificam diretamente a presença do parasita.
Até hoje, o diagnóstico de Leishmaniose assusta, pois ainda há muito preconceito e falta de informação sobre a doença e o tratamento. Em 2015, foi aprovado o uso de uma medicação específica para o tratamento dessa doença – O Milteforan. É possível tratar seu cãozinho, deixando-o estabilizado e melhorando sua qualidade de vida. Em animais, a Leishmaniose continua não tendo cura, mas tem tratamento e o tutor não é obrigado a sacrificar seu companheiro.
O pet precisa de acompanhamento veterinário durante toda a vida, pois o tratamento estabiliza o animal e diminui a carga do parasita no organismo do cão, fazendo com que o cachorro deixe de ser um transmissor.
Abraço carinhoso da Vet