A Força-Tarefa Previncêndio, programa de combate a incêndios florestais do Instituto Estadual de Florestas (IEF), teve sua reunião de abertura para apresentar e discutir as principais medidas que serão tomadas no estado, no período de seca. Os registros mostram que o período de julho a outubro é mais propenso à ocorrência de incêndios.
Além do IEF, a força-tarefa envolve todas as forças de segurança do estado e também a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Segundo o levantamento divulgado pelo IEF, em 2022, das 747 ocorrências registradas nas áreas internas ou no entorno de Unidades de Conservação (UCs) estaduais, 643 foram durante esse período.
O balanço do IEF mostrou também que em 2022, a região Norte foi a que registrou mais focos (1.327), seguida por Nordeste (815) e Noroeste (724). Dos 2.388.074,07 hectares geridos pelo IEF em 2022, 2.364.268,91 foram mantidos sem registros de incêndios.
Clima mais quente e seco
De acordo com Heriberto Amaro, meteorologista do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), a previsão é de que o próximo trimestre (junho, julho e agosto) tenha temperatura até 2 graus acima da média histórica em Minas Gerais. Outro ponto que preocupa é de que nesse trimestre há baixa previsibilidade de chuvas e o clima deve ficar mais seco do que nesse mesmo período do último ano.
Segundo o meteorologista, isso se deve à probabilidade de ocorrência do fenômeno El Niño. “Tende a ser um período seco semelhante ao que tivemos em 2015 e 2016, quando estávamos sob influência desse fenômeno”, explica.
Heriberto explica que, atualmente, a umidade relativa do ar está em torno de 30% nas regiões Norte, Noroeste e Triângulo Mineiro. Já a partir do início de junho, a umidade começa a cair nessas regiões, ficando entre 20 e 30%. Na segunda quinzena, pode ficar em torno de 15%.