As festas de agosto são tradicionais e fazem parte da rica cultura de Montes Claros já é comum ver nas ruas os Catopês, Marujos e Caboclinhos desfilando com suas roupas coloridas e homenageando o Divino, São Benedito e Nossa Senhora, quando as festas terminam, o trabalho continua e se preparam para a próxima vez que irão desfilar pelas ruas da cidade. Já encaminham os nomes dos festeiros, mandam fazer as roupas, enfim, começam com todos os preparativos novamente. Neste ano ela já tem data marcada, começa no dia 17 e segue até o dia 19 de agosto.
Nesta quarta-feira (24), foi realizada uma reunião na secretaria de cultura de Montes Claros com a participação de membros dos grupos já reconhecidos e filiados à Associação dos Catopês, Marujos e Caboclinhos da cidade para discutir a estruturação e organização das festas de agosto.
O presidente da Associação Junio Pimenta, o Mestre Zanza Junio disse que a reunião tem como objetivo traçar métodos, objetivos, modelos de ações e padrões que respeitem as nossas tradições, culturas e ancestralidades para que possamos dar uma devolutiva que esteja a altura dos montes-clarenses.
“Reunimos mordomos, festeiros e organizadores da festa que são os mestres, os grupos, juntamente com o poder público para que possamos nos organizar mais e devolver nossos bens culturais e a festa ser harmônica com a população nas ruas de Montes Claros. Lembrando que a festa é de carácter religioso, cultural e também familiar”.
Ele lembrou também que a reunião é realizada para lembrar que houve uma consolidação da Assossiação dos Catopês, Marujos e Caboclinhos e dizer que existe uma união juntamente com o poder público, com apoio da secretaria de cultura, das diversas secretarias do município visando trazer uma festa extraordinária, com cultura e arte para as ruas.
A secretária de cultura de MOC, Junia Rebello destacou que as festas de agosto é uma programação da cidade para a cidade, ela tem o protagonismo dos congados com a participação das famílias que é de extrema importância através dos reinados, dos fiéis através das bandeiras, os levantamentos de mastro e por isso existe uma organização prévia para que tudo aconteça.
“É uma festa que envolve a recepção dos dançantes nas casas, procissões em torno dos mastros e uma logística grande pois a cidade cresceu, as distâncias aumentaram e é preciso seguir uma programação. O diferencial deste ano é que a associação está assumindo um protaganismo, uma participação mais forte exigindo dos próprios Catopês e dos participantes um maior compromisso com a organização, horários e acessos e isso com certeza se reverterá em um benefício grande para a cidade, e apreciadores da festa que já existe a mais de 180 anos.”
Alessandra Ribeiro participou da reunião de organização, ela contou que desde a infância participava da festa e já saiu como princesa.
“A primeira que fui festeira foi em 2017 no cortejo de Nossa Senhora do Rosário. Por conta da pandemia da covid-19 não foi possível à realização dos festejos em 2020 e 21, retornando no ano passado onde participei novamente desta vez no cortejo do Divino Espírito Santo. Neste ano será o de São Benedito”.