Hoje é declarado o Dia Internacional de Luta Contra à LGBTfobia. A data foi criada por movimentos sociais, e de defesa dos Direitos Humanos, em memória ao período em que o termo “homossexualismo” passou a ser desconsiderado, e a homossexualidade excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no dia 17 de maio de 1990.
Em Montes Claros, O presidente do MGG – Movimento LGBT dos Gerais, José Cândido de Souza Filho, conhecido como, Candinho, conta que o grupo irá completar 20 anos e a luta pelos direitos de seus associados e simpatizantes, é diária. Ele ressalta que temas como este, devem sempre ser abordados, e não apenas em uma data. por esta razão, o projeto tenta além da busca pela promoção, aperfeiçoar as mudanças estruturais na sociedade.
“Em tempos de grandes avanços e conquistas, infelizmente a sociedade ainda se vê imersa em questões como o preconceito contra a orientação sexual dos cidadãos, desta forma vale ressaltar a importância de debater este tema na sociedade. Lembrando que é crime “praticar, induzir, ou incitar a discriminação ou preconceito” em razão da orientação sexual da qualquer pessoa. Aqui na cidade tivemos dois casos de homofobia, entramos na justiça, e eles já foram julgados e teve causas ganhas. Temos que denunciar e como representante, estamos sempre a disposição para todos os LGBT’S em prol da causa”, finaliza.
Brasil
No Brasil, a data está incluída no Calendário Oficial desde 2010, conforme previsto no Decreto de 4 de junho, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo é debater os mais variados tipos de preconceitos contra as diferentes orientações sexuais e identidades de gênero, além de gerar o desenvolvimento de uma conscientização civil sobre a importância do combate e criminalização da homofobia. O ataque homofóbico é um ultraje moral, uma grave violação de Direitos Humanos e uma crise de saúde pública. Por este conjunto de motivos, movimentos sociais defendem que é preciso conscientizar as pessoas baseando-se nesse tipo de opressão, bem como as suas consequências físicas e mentais, cujos jovens são grandes vítimas.
Relatório
O Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil revela que durante o ano de 2022 ocorreram 273 mortes de forma violenta no país. Dessas mortes, 228 foram assassinatos, 30 suicídios e 15 outras causas. Este material é resultado de um esforço coletivo de produção e sistematização de dados a respeito da violência e a violação de direitos LGBTI+. Vale ressaltar que a sigla agrega pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres e homens trans, pessoas transmasculinas, não binárias e demais dissidências sexuais e de gênero.
Saiba como denunciar LGBTfobia
O canal oficial do Brasil de denúncias contra os Direitos Humanos é o Disque 100 ou Disque Direitos Humanos, sob responsabilidade da Secretaria de Direitos Humanos. Esse serviço tem a função de registrar e avaliar a dimensão da violência, além de elaborar políticas públicas voltado às minorias – mulheres, LGBTQIA+, pessoas com deficiências, entre outros.
Quer saber mais sobre este assunto? Confira o bate papo do Candinho com a jornalista Leila Santos, durante o Webterra Podcast; clique aqui e assista!