As festas de agosto vão invadir a Marquês de Sapucaí em 2024. A informação foi divulgada em uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (28), na sede da Associação de Catopês, Marujos e Caboclinhos, em Montes Claros.
Com o tema “Catopês – Um Céu de Fitas”, a escola Acadêmicos de Niterói vai colorir e voar em um céu de fitas, exaltando a cultura popular da festa de Catopês, de Montes Claros, na Marquês de Sapucaí. O enredo foi desenvolvido pelo carnavalesco, Tiago Martins.
O presidente da Associação Junio Pimenta, o Mestre Zanza Junio, destacou a emoção de presenciar a história cultural montes-clarense no maior palco do mundo.
“A emoção é muito grande, essa vitória é coletiva, do povo de Montes Claros, do Brasil e das culturas populares”, disse.
Junio Pimenta destacou que o convite foi realizado através das redes sociais da associação. Segundo o mestre, a movimentação nas redes trouxe um olhar para os trabalhos culturais desenvolvidos aqui na região.
“Esse convite veio da escola de samba Acadêmicos de Niterói. Foi há alguns meses, através da rede social, do Instagram da associação […] Através das nossas atividades, o pessoal da escola de samba viu a movimentação do que é os Catopês, a marujada, caboclinhos , do que é essa cultura ancestral, entrou em contato com a gente, e começamos o diálogo para culminar nos dias de hoje, com essa ideia que já é concretizada de estarmos na Marquês do Sapucaí no Rio de Janeiro”, contou.
Na próxima semana, uma comitiva da Acadêmicos de Niterói virá à Montes Claros para uma pesquisa de campo e apuração, com o objetivo de conhecer a regionalidade e tradição montes-clarense. O Mestre Zanza Junio citou quais os próximos passos para a construção desta emocionante história que será narrada no carnaval do próximo ano.
“Os passos a seguir é toda essa organização, essa dinâmica histórica do que são os Catopês , marujos e caboclinhos, suas vestimentas, significados espiritual, e organizar como isso vai ter essa conjectura dentro do palco da Sapucaí […] Virá uma comitiva da Acadêmicos de Niterói até Montes Claros, para fazer uma pesquisa de campo mais apurada, para que seja mais assertivo essa mostra da exposição cultural norte-mineira no Rio de Janeiro”, destacou.
A Secretária de Cultura de Montes Claros, Junia Velloso Rebello, destacou o papel que a festa do Catopês tem para o município. De acordo com a secretaria, levar a identidade e cultura montes-clarense para o desfile é histórico.
“Como profissional de cultura e representante do poder público, a gente entende o papel que Montes Claros tem e que teve durante esses anos enquanto município, de ter uma festa de 180 anos, ocupando um lugar que é conhecido como o maior palco do mundo, o maior espetáculo da terra […]a gente vai levar a nossa identidade, cultura e a nossa unicidade, não tem uma festa como a nossa, não tem a nossa riqueza, nenhum lugar tem o céu tão azul e fitas tão coloridas para compor esse enredo com esse céu de fitas”, contou.
A Festa de Catopês ganham mais força na cidade, pois através de grandes personagens de resistência cultural como Mestre Zanza, que foi comandante do primeiro terno de Nossa Senhora do Rosário, o mais antigo da cidade, que as manifestações culturais/folclóricas das tradicionais Festas de Catopês de Montes Claros chegam a tantos lugares.
“Nós refletimos a imagem de cada um desses mestres nas ruas de Montes Claros, e vamos fazer isso lá no palco do mundo juntamente com a população, as pessoas, a cultura e a cidade norte-mineira”, completou Mestre Zanza Junio.
Nas redes sociais, a escola de samba destacou “Niterói vai voar em céu de fitas em 2024. Vamos fazer cortejo em dias de agosto, ser liberdade em corpo de pipa, levar estandartes em nome da fé. Vamos colorir a Marquês de Sapucaí através de um dos maiores legados de nossa rica cultura popular: a festa de Catopês, de Montes Claros (MG)”, destacou.