Coluna vida em sociedade: O valor de um mundo de possibilidades

Pode ser que desenvolvamos a compreensão de que a certa altura da vida já saibamos tudo que precisávamos saber. Que o aprendizado se torna limitado e que não tenhamos que estar atentos ao novo que se apresenta a cada dia. Por conseguinte que a opinião alheia é isolada e pertence a cada um em seus limites físicos e mentais.

Na verdade talvez alguns acreditem que o que cada um pensa é somente dele e não vale a pena se intrometer. E que ainda em uma roda de amigos ou mesmo no círculo profissional a ideia mais correta e coerente seja sempre e somente individual, idiossincrática.

É bem provável ainda que esses evitem estar em novos ambientes e conhecer novas pessoas porque isso pode lhes tirar da zona de conforto e causar distorção emocional em certas situações.

Por outro lado há quem sempre esteja aberto ao aprendizado. Esse não se contenta com as percepções rasas da vida e sempre quer beber mais da fonte da sabedoria e do conhecimento. Acredita que estamos sempre em constante mudança e é preciso estar atento e livre de preconceitos, de ideias preconcebidas para compreender que novos caminhos podem nos auxiliar a vivermos cada dia melhor.

Nesse entendimento o físico alemão, Albert Einstein, nos diz que “a mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”. Viver é cada vez mais conquistar novas formas de se engajar no meio social, é aprendermos uns com os outros; é se dedicar com energia e motivação para que possamos alcançar níveis ainda maiores de juízo, de perfeição e de experiências exitosas.

Que ficar inerte somente mantém estáticos e a perder a preciosidade dos momentos e do tempo que temos para evoluir durante a existência.  De certo que temos um mundo de infinitas possibilidades e que a postura, a maneira de pensar e de perceber o mundo faz toda a diferença sobre o que podemos alcançar.

É provável que você leitor esteja um pouco confuso sobre as ideias acima inseridas. Mas agora poderemos compreender melhor o raciocínio apresentado. Na verdade descrevemos nos dois primeiros parágrafos dois tipos de mentalidade humana – o primeiro é de um modo de pensar fixo e o segundo que é uma maneira de pensar chamada de crescimento progressivo.

E essa forma de lidar com a vida é o que pode fazer a diferença para compreendermos quem será bem sucedido ou não. Segundo a pesquisadora americana Carol Dweck, essas duas mentalidades definem basicamente o ser humano. Que aqueles de mentalidade fixa tendem a alcançar certo nível na vida e definitivamente se estacionarem muitas vezes por temor das circunstâncias e por medo de errar.

Enquanto os de mentalidade de crescimento progressivo acreditam no aprendizado contínuo e por isso tendem a alcançarem níveis muito mais agudos na vida profissional e pessoal. Por isso se faz relevante refletirmos sobre qual é o nosso modelo de mentalidade.

Para que assim identifiquemos quais são nossos paradigmas e se assim estamos dispostos a sermos reflexos de um mundo de mentalidade rasa e conformista ou, se estamos em comunhão com o que se refaz e nos conduz a um novo mundo e a novos caminhos diariamente.

Porquanto pensar ao contrário é se manter resistente à constante evolução e aperfeiçoamento humano que é deveras indispensável  e para que igualmente saibamos conviver em harmonia com as pessoas e com a realidade que nos cerca.

(*) Capitão PM – Comandante da 210ª Cia/10º Batalhão PM.