O adolescente, de 13 anos, que matou uma professora e feriu cinco pessoas no ataque a Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo, deixou uma carta para a família, antes do crime. O bilhete era endereçado à mãe, ao irmão, à tia e à avó.
Na carta, o menor pedia desculpas e contava o ataque foi planejado há dois anos. O adolescente indicou no bilhete que tristeza, bullying e ódio o levaram a fazer “uma besteira”. O autor chegou a pedir desculpa por decepcionar os parentes.
O menino disse também que escondeu da família os sentimentos, exibindo um sorriso em vez de se expressar. A mensagem foi acompanhada de desenhos, que na folha em questão, havia uma imagem de um par de olhos e uma lâmina.
Segundo o delegado da 34º DP, Marcus Vinicius Reis, a Polícia Civil deve vasculhar os perfis das redes sociais e aparelhos eletrônicos para verificar se alguém incentivou ou auxiliou o adolescente.
“Esse trabalho de rastreamento dos perfis, redes sociais, é importante para sabermos se houve algum incentivo, algum induzimento, algum tipo de ação, e se alguém efetivamente participou dos ataques de ontem”, disse o delegado.
Adolescente ficará internado provisoriamente por no máximo 45 dias
Foi aceito nessa terça-feira (28) pela Justiça de São Paulo, o pedido do Ministério Público para que o adolescente acusado de ser autor de ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo, seja internado provisoriamente em uma unidade da Fundação CASA.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, ele pode ficar internado provisoriamente por, no máximo, 45 dias. Após sentença, o jovem poderá cumprir medida socioeducativa de até 3 anos.
(Com informações de O Tempo)