Os brasileiros são os que mais acreditam em fake news no mundo. As informações são de levantamento da Avaaz, plataforma de mobilização online. De acordo com a plataforma, 7 em cada 10 brasileiros se informam pelas redes sociais e 62% já acreditaram em alguma notícia falsa, contra uma média mundial de 48%.
Infelizmente, notícias falsas existem desde sempre, no Brasil, na China e em qualquer outra parte do planeta. Disseminadas em outras épocas por meio de materiais de caráter físico anônimo, pela famosa indústria do fuxico (boca a boca) orquestrada e outros e outros meios, as fake news sempre causaram danuras.
Porém, a desgraceza maior acontece agora em terras brasileiras, em plena era digital e, por alguns motivos, a tendência é só aumentar.
O fato de o brasileiro ser o campeão em acreditar em notícias falsas escancara uma realidade nacional, a falta de criticidade do brasileiro, a falta de análise sistematizada das informações que chegam pelos diversos meios, sobretudo pelas redes sociais..
Essa realidade, associada a não regulamentação e punição adequada de autores e retransmissores de fake news, propiciaram a organização da “indústria” das fake news, que empregam e remuneram dezenas de milhares de pessoas.
Por aí, dá para se medir o tamanho do desafio que se tem pela frente.
Melhorar a criticidade do brasileiro é missão de longuíssimo prazo, e as instituições precisam de solução agora.
Neste caso, a saída em curto prazo para a iniciativa privada e, sobretudo, para as instituições públicas, a medida mais rápida é trabalhar e gerenciar bem a sua marca, trabalhar a sua reputação.
O método mais eficaz de se conviver com as fakes, sem muitos transtornos, é montar uma plataforma/site (séria) expondo todos serviços, atividades, e procedimentos com identificação de cada responsável (profissional) da empresa pública ou privada.
Sem dúvidas, o porto seguro da empresa pública ou privada é a sua plataforma.
A dúvida do cliente/contribuinte/munícipe e até mesmo do colaborador/servidor se algo divulgado nas redes sociais é verdadeiro ou falso, pode perfeitamente ser sanado no site da renomada empresa.
Deixar que a empresa X ou Y, especialista em desvendar fake news, responda pela sua empresa ou instituição pública, não é um bom conselho, é uma dependência desnecessária, já que a empresa pode muito bem antever os fatos.
Tentar transmitir em notas, já era ineficaz desde antes, agora em em época de redes sociais é totalmente inviável.
Diante disto, o que se aproxima de manter a verdadeira reputação da empresa é de fato uma plataforma arquitetada com o cheiro da empresa.
Significa menos custos, mais agilidade, é mais fácil, enfim é mais eficaz.
Porém, a empresa necessita de saber exatamente qual o seu tamanho e qual percepção a população e todos os envolvidos têm da sua marca, isto é, a empresa precisa se posicionar exatamente do seu tamanho real, não pode, jamais ter maquiagem.