Nos dias atuais é difícil imaginar o dia a dia sem informações e notícias do mundo. Os smartphones e tabletes estão mais presentes na vida das pessoas e em suas rotinas e tarefas. Um estudo da agência de marketing digital Sortlist, constatou que o Brasil ocupa o segundo lugar da lista de países que mais passam tempo nas mídias digitais. Segundo a pesquisa, os brasileiros passam mais de 5 horas por dia na internet.
Com a grande utilização dos aparelhos muitos problemas podem ser identificados na vida das pessoas que não utilizam de maneira adequada. Segundo o levantamento da Hibou – Monitoramento de Mercado e Consumo, 56% dos brasileiros não ficam longe do smartphone por mais de 1 hora.
O psicólogo João Paulo Soares pontuou que a necessidade de estar sempre conectado ao smartphone pode desenvolver problemas na mente e no corpo. O profissional destacou sobre a Nomofobia, que é o medo de ficar sem acesso ao aparelho. Segundo João, “ter a necessidade de sempre estar conectado a um smartphone pode levar a extremos e sempre podem representar grande perigo. Quando se diz em necessidade, eu me lembro da “Nomofobia”, que é o medo de ficar longe do celular. Nesta dependência, o indivíduo pode desenvolver uma ansiedade, com a sensação de estar perdendo alguma informação importante”, disse.
O psicólogo observa, ainda, como o próprio uso abusivo dos smartphones, pode provocar também prejuízos para a saúde.
“Muitas dificuldades são relatadas por pessoas que enfrentam esta questão. Podem surgir dores nos ombros e punhos, devido ao tempo com o celular nas mãos, além de rugas que podem aparecer devido a alterações no sono e de períodos de estresse e ansiedade”, pontuou.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma série de recomendações para que as crianças de até 5 anos não passem mais que 60 minutos por dia diante de uma tela de computador, smartphone ou tv. Ainda de acordo com a OMS, as crianças de até 1 anos não deveriam passar nenhum minuto diante dos aparelhos.
Porém, nos dias atuais, uma criança com um smartphone nas mãos é mais comum do que se imagina. O psicólogo João Paulo destacou que, nestes casos, os pais devem estar presentes e acompanhando os filhos para que problemas futuros não ocorram.
“A participação dos pais é primordial. Hoje as crianças tem smartphones desde pequenos e já estão com acesso livre aos meios tecnológicos. Os responsáveis devem estar ciente onde os filhos estão acessando, com horários adequados para utilizar os aparelhos[…] As crianças precisam deixar um pouco os smartphones e brincar, interagir, para que possam ter o desenvolvimento completo,”, afirma.
O psicólogo enfatiza que com o avanço das redes sociais, muitos jovens sofrem com a necessidade de likes, curtidas e comentários, que podem aparecem com mais força por causa da intensidade que as redes sociais causam na sociedade.
“O excesso no celular e nas redes sociais podem acarretar outros problemas, como a dependência de likes, curtidas e comentários. Muitos jovens desenvolvem vícios e necessidades de sempre estarem conectados a essas redes sociais, e quando se transforma em uma necessidade desenfreada, pode gerar prejuízos a vida e ao próximo”, destacou.