Prefeitura de Brasília de Minas confirma morte de macaco por febre amarela

A Prefeitura de Brasília de Minas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, comunica a toda a população a ocorrência da morte de um macaco contaminado c-om o vírus da Febre Amarela no município.

A morte do animal sinaliza que o vírus está circulando. Por isso, é importante que todos tomem a vacina contra a doença. A Febre amarela é uma doença grave, infecciosa transmitida pelo AEDES AEGYPTI, causador também da Dengue, Zika e Chikungunya.

Os Agentes Comunitários de Saúde estão verificando os cartões vacinais de todos os usuários. A prefeitura ressalta que “O macaco não transmite a frebe amarela por isso, NÃO mate o macaco ,ele é tão vítima do vírus, quanto o ser humano.

Caso encontre um macaco morto, comunique à Secretaria Municipal de Saúde ou à Vigilância Ambiental do Município.

Não deixar água parada e vacinar contra a Febre Amarela, são as formas mais eficazes de se proteger contra a doença.

Vacinação na cidade

A Prefeitura de Brasília de Minas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vai promover a vacinação contra a Meningite C e a Febre Amarela na comunidade de Sumidor, amanhã, terça-feira, 28.

A ação vai acontecer na Escola Municipal Tancredo Neves de 08 às 10 horas da manhã. Leve o Cartão SUS e Cartão de Vacina.

O uso de máscara é obrigatório.
Vale ressaltar que gestantes não podem tomar a vacina contra a Meningite C.

 

SES-MG mobiliza o Norte de Minas para o reforço da vacinação contra a febre amarela

 

FOTO SRS de Montes Claros: Coleta de vísceras de primatas para análise em laboratório

A Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros – (SRS) está mobilizando os 54 municípios que compõem a sua área de atuação para ampliar as coberturas vacinais contra a febre amarela. O trabalho está sendo intensificado pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais – (SES-MG), em virtude da ocorrência de caso humano confirmado no município de Vargem Grande do Sul, em São Paulo. O paciente é um idoso de 73 anos, não vacinado e residente na zona rural.

Embora o Norte de Minas não faça limite com São Paulo, em comunicado enviado às secretarias municipais de saúde, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da SRS salienta a necessidade de implementação de ações voltadas para a busca ativa e vacinação das pessoas ainda não imunizadas contra a febre amarela. Isso porque, a cobertura vacinal está abaixo de 95% na maioria dos municípios, tanto em crianças como em pessoas com idade até 59 anos.

“O aumento das coberturas vacinais contra a febre amarela é de fundamental importância pois, em caso de surto da doença como o ocorrido em 2016/2017, a vacina é o meio mais eficaz de proteção das pessoas”, salienta a coordenadora de vigilância em saúde da SRS, Agna Soares da Silva Menezes.
De acordo com dados da SES-MG, atualizados em 31 de janeiro deste ano, 35 municípios da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros estão com cobertura vacinal abaixo de 95% da população, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. Outros oito municípios estão com cobertura vacinal entre 80% e 95%; nove localidades apresentam cobertura entre 50% a 80% e dois municípios estão com menos de 50% da população vacinada.

Entre 1989 e 2023 foram notificados 1 mil 116 casos de febre amarela em Minas Gerais. Desse total, 384 pessoas morreram por causa da doença. O período em que o Estado registrou maior número de casos notificados e óbitos por febre amarela aconteceu entre 2016 e 2018. Ao todo foram registrados 1.006 casos da doença e 340 pessoas morreram.

EPIZOOTIAS

Entre 2021 e 2022, dados da SES-MG revelam que 20 primatas foram encontrados mortos no Estado. Desse total, 17 casos ocorreram no Norte de Minas, distribuídos da seguinte forma: Brasília de Minas (8); Icaraí de Minas (4); Ubaí e São João da Lagoa (2 casos em cada município); Coração de Jesus (1 epizootia). As três epizootias restantes ocorreram em Belo Horizonte, Curvelo e Itapagipe.

Valdemar Rodrigues dos Anjos, referência técnica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da SRS de Montes Claros, lembra que “os macacos não são transmissores da febre amarela. Ao serem encontrados mortos, os primatas se constituem alerta de que o vírus da febre amarela pode estar circulando numa determinada região, o que possibilita aos serviços de saúde reforçar a vigilância, investigar os casos por meio de análise laboratorial e vacinar a população ainda não imunizada”.

Para agilizar a investigação de epizootias a Superintendência Regional de Saúde iniciou no ano passado a realização de seminários de capacitação de referências técnicas de vigilância em saúde e de controle de endemias nas microrregiões de Coração de Jesus e Salinas para a descentralização do Programa de Controle da Febre Amarela. A previsão é de que neste ano as atividades contemplarão as demais microrregiões de saúde, com a participação do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – (IFNMG) e do Centro de Controle de Zoonoses de Belo Horizonte. Entre outras atividades os profissionais passam por treinamento prático sobre coleta, armazenamento e transporte de vísceras de primatas para análise laboratorial.

A DOENÇA

A febre amarela é uma doença febril aguda, de evolução rápida e de gravidade variável. Possui elevada letalidade nas suas formas mais graves. É transmitida por mosquitos e pernilongos infectados e não há transmissão de uma pessoa para outra.
É uma doença de notificação compulsória imediata, ou seja, todo caso suspeito (tanto morte de macacos, quanto casos humanos com sintomas compatíveis) deve ser prontamente comunicado pelos gestores de saúde dos municípios em até 24 horas após a suspeita inicial. Em seguida, os serviços estaduais de saúde devem notificar ao Ministério da Saúde os eventos de febre amarela suspeitos.

No ciclo silvestre os macacos são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus. Já no ciclo urbano o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão da febre amarela ocorre a partir de vetores infectados, entre eles o mosquito Aedes aegypti, também transmissor da dengue, Febre Chikungunya e do Zika vírus.

A doença pode ser prevenida por meio de vacina disponibilizada gratuitamente, em todos os municípios, por meio do Sistema Único de Saúde – (SUS). As recomendações são as seguintes: criança com nove meses de vida, uma dose; crianças com quatro anos de idade, uma dose de reforço; pessoas entre 5 a 59 anos de idade, não vacinado ou sem comprovante de vacinação, uma dose.
A pessoa que recebeu uma dose da vacina antes de completar cinco anos de idade está indicada a tomar uma dose de reforço, independente da faixa etária.