O desafio do samurai – armadilha de lobos

Sem desafios a vida não merece ser vivida é o que nos afirma o filósofo ateniense Sócrates! E para que possamos nos preparar para as lutas diárias é mais do que necessário que conheçamos nossos limites e nossas potencialidades.

O pensador chinês e também escritor Sunt Zu, já nos alertava a isso. De tal forma também que para podermos nos manter firmes e alicerçados em “nossos tapumes” será relevante desenvolvermos incisivamente a maturidade emocional. De fato no que tange a inteligência emocional, essa nos orienta para que tenhamos consciência de nossas emoções para sabermos administrá-las, reconhece-las também nos outros e então tirarmos o melhor proveito.

As emoções são na verdade instrumentos ou ferramentas para nos fazer estabelecer de maneira mais eficaz e efetiva em nossas interações diárias com os outros. E quando então temos os nossos limites emocionais traçados será possível projetá-los ao nosso bem e ao bem dos que estão ao nosso redor.

Bem assim nos orienta Benjamim Frankin, estadista norte-americano, “que com paciência podemos alcançar o que quisermos.” De fato quando nos mantemos impassíveis e serenos perante a quaisquer agruras podemos agir com perspicácia e sabedoria para adotar as melhores e mais exitosas decisões.

Em breves linhas podemos nos lembrar do velho sábio samurai que ao ser confrontado por um inescrupuloso e jovem guerreiro, se manteve em equilíbrio, mesmo sendo insultado, xingado e provocado de diversas maneiras. Na verdade, o sábio samurai nos ensina que se alguém nos oferece um presente, mas se não o recebemos, esse presente volta a quem tentou nos ofertar.

E que também ocorre assim com a inveja, a raiva, os insultos e provocações dos outros para conosco. De fato, Martin Luther King nos assevera que “a verdadeira medida do homem não se dá quando ele está em estado de conveniência e conforto, mas quando ele se mantém equilibrado diante de controvérsias e desafios.”

E de fato, podemos perceber isso também nos ensinamentos bíblicos em Provérbios quando nos ensina “que se o homem se ensoberbece na angústia então se conclui que sua força é pequena.”  Então diante das questões da vida não vale a pena se precipitar em ações impulsivas e impensadas.

Diante das questões da vida, para Lao-Tse, pensador chinês, a maior lei é a do autocontrole. Por isso não vos inquieteis com nada neste mundo para que não seja vós um lobo a cair em armadilhas de outros lobos.

(*) Capitão – Comandante da 210ª Companhia – 10º Batalhão PM.