A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apresentou no sábado (14/1), aos primeiros resultados da investigação que apura a autoria das agressões a jornalistas e profissionais da imprensa, ocorridas nos dias 5 e 6 de janeiro, durante as ações da Guarda Municipal para o desmonte de acampamento em frente à sede do Exército Brasileiro, na Avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte. Foram instaurados quatro inquéritos policiais para apurar os crimes de ameaça, lesão corporal, crime contra o patrimônio e associação criminosa. Já foram identificados de dez a 12 suspeitos de envolvimento no caso.
O chefe da Polícia Civil, delegado-geral Joaquim Francisco Neto e Silva, destaca a importância da investigação. “Nesse momento a investigação está avançada, nós temos um primeiro balanço, motivo pelo qual estamos aqui hoje. Isso tudo para tranquilizar primeiro a imprensa. O direito de imprensa precisa ser assegurado e nós temos essa responsabilidade: a de elucidar crimes para que isso não se repita. Ações como essa têm que resultar em responsabilização”, afirmou.
A delegada Cinara Rocha, responsável pelo inquérito, ressalta que “temos provas testemunhais e laudos periciais demonstrando a prática do delito. Possuímos muitas filmagens de câmeras feitas pelos próprios jornalistas e por moradores da região. Estamos buscando identificar o maior número de autores. Existem entre dez a 12 pessoas identificadas, com autoria já delimitada, com a conduta individualizada do crime que eles estão sendo investigados”, completou a delegada.
Sobre a possibilidade de os investigados terem deixado a cidade, estado e até mesmo país, a delegada adiantou que mesmo que isso tenha ocorrido, eles serão responsabilizados. “Havendo a necessidade de alguma medida cautelar contra qualquer um dos envolvidos que esteja fora da cidade ou até mesmo do país, faremos uma interlocução com todas as instituições envolvidas, como Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário”.