Em Minas Gerais, somente entre 1 a 9 de janeiro, de 2023, o estado registrou 697 prováveis casos de dengue, sendo 100 confirmados , 232 casos prováveis de chikungunya, na qual um foi confirmado e 63 prováveis casos de vírus Zika, sendo 19 confirmados para a doença. Até o momento, Minas não registrou nenhum óbito comprovado pelas doenças.
A dengue, chikungunya e zika são doenças sazonais, com tendência de maior concentração de casos entre os meses de janeiro e maio, em todo o estado. As três doenças são transmitidas pelo Aedes aegypti e, embora tenham sintomas parecidos, apresentam algumas características que podem ajudar a diferenciá-las.
Segundo Suely Dias, enfermeira e referência técnica da Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses, a dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, geralmente com evolução benigna, mas que pode evoluir para formas graves.
“As infecções por dengue podem ser assintomáticas ou apresentar sintomas que envolvem febre (geralmente acima de 38°C, de início abrupto e duração de dois a sete dias), dores de cabeça e musculares, dor nas articulações e atrás dos olhos. Também podem estar presentes vômitos, diarreia e erupções cutâneas vermelhas pelo corpo”, explica.
Já a chikungunya possui fase aguda com duração de cinco a 14 dias, uma fase pós-aguda que pode durar até três meses e pode se tornar crônica se os sintomas persistirem após esse período. A enfermeira detalha que, na fase aguda, há surgimento abrupto de febre alta (maior de 38,5°C), dor forte nas articulações e músculos, dor de cabeça intensa e fadiga.
A infecção pelo Zika vírus pode ser assintomática ou sintomática. A referência técnica explica que geralmente a doença é autolimitada, variando de Dois a sete dias. Pode apresentar febre baixa (menor que 38,5°C) ou ausente, erupções cutâneas vermelhas de início precoce, conjuntivite não purulenta, dor e edema nas articulações, dor de cabeça e aumento dos linfonodos. Deve-se atentar para manifestações neurológicas.
Tratamento
A recomendação, em caso de sintomas, é para que o paciente procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima para avaliação. Além disso, é importante fazer repouso e cuidar da reposição de líquidos.
No caso de dengue, é extremamente importante que haja reconhecimento precoce dos sinais de alarme e gravidade. Para chikungunya, um profissional deve ser consultado para que sejam recomendados analgésicos e tratamentos não farmacológicos como fisioterapia e exercícios.
Suely também alerta que medicamentos devem ser utilizados somente com prescrição médica e para aliviar os sintomas.
Prevenção e controle
Embora a dengue, zika e chikungunya tenham tendência de maior concentração de casos entre os meses de janeiro e maio, em todo o estado, é preciso reforçar que o vetor das doenças circula durante todo o ano. Por isso, os cuidados em relação ao combate aos focos do mosquito não devem cessar.
A participação da população é de fundamental importância para o controle da doença, sobretudo quando se leva em conta o fato de as residências concentrarem 80% dos focos do mosquito transmissor. Destaca-se que a inspeção na residência, com a remoção de focos com água parada, é algo que não toma muito tempo e deve ser feita rotineiramente. Como exemplo, os vasos de plantas, pneus usados como possíveis criadouros do Aedes e outros objetos e recipientes em geral que possam acumular água.
(Com informações de Agência Minas)