Acusada de matar os pais, Suzane von Richthofen é solta após 20 anos

Imagem: Internet/Metrópoles

Há 20 anos presa pela morte dos pais, Suzane Louise von Richthofen deixou a cadeia de Tremembé, no interior de São Paulo, na tarde dessa quarta-feira (11/1), após a Justiça conceder-lhe a progressão de sua pena para o regime aberto.

A informação foi confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo.

A pasta acrescentou que o cumprimento ao alvará de soltura ocorreu às 17h35, quando a detenta saiu da carceragem da Penitenciária Feminina 1 “Santa Maria Eufrásia Pellier” de Tremembé, no interior paulista.

Caso von Richthofen

Suzane foi condenada originalmente a 39 anos de prisão em regime fechado. Desde 2015, ela cumpria pena em regime semiaberto em Tremembé, no interior de São Paulo.

Daniel Cravinhos acabou condenado a 39 anos e 6 meses em regime fechado, mas deixou Tremembé em 2017, após autorização para cumprir pena em regime aberto.

O irmão de Daniel, Cristian Cravinhos, também participou dos assassinatos e recebeu pena de 38 anos e 6 meses em regime fechado. Ele chegou a conseguir liberação para o aberto, mas após ser preso em 2017 por tentativa de suborno perdeu o direito.

O assassinato

Na noite do crime, Suzane, Daniel e Christian deixaram Andreas em uma Lan House e disseram-lhe que tinham convencido os pais a deixá-lo faltar a aula no dia seguinte, e por isso poderia ficar por lá até tarde.

Na madrugada do dia 31 de outubro de 2002, uma quinta-feira, Daniel e Christian Cravinhos foram conduzidos por Suzane para dentro de sua casa. A garota, liderando o grupo, foi na frente para conferir se os pais estavam dormindo.

Ao sinal positivo, Daniel e Cristian entraram no quarto e os mataram com golpes de canos de ferro

Foram golpes dados na cabeça. Manfred faleceu na hora. Marísia, ao ser atacada, acordou e tentou se defender com as mãos, por isso teve três dedos fraturados. Em suas últimas palavras, ela implorou para que os agressores não machucassem seus filhos.

Christian disse à polícia que, em determinado momento, enquanto agonizava, Marísia passou a emitir um som “parecido com um ronco”. Para tentar silenciá-la, Christian Cravinhos então pegou uma toalha no banheiro do casal e a empurrou pela garganta, o que quebrou um dos ossos de seu pescoço.

O corpo de Marísia foi envolvido em um saco plástico de lixo, que havia sido deixado por Suzane na escada para que os irmãos depositassem as barras de ferro e suas roupas manchadas com o sangue dos pais.

No depoimento de Suzane à polícia, ela disse:

“Chegamos em casa, eu entrei e fui até o quarto dos meus pais. Eles estavam dormindo. Aí, eu desci, acendi a luz e falei que eles podiam ir. Fiquei sentada no sofá, com a mão no ouvido. Eu não queria mais que meus pais morressem. Mas aí eu percebi que não tinha mais o que fazer, que já era muito tarde”.

[Com informações de Metrópoles]