Na tarde desse domingo (8), manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). O ato antidemocrático começou por volta das 14h. No STF, quebraram vidros e móveis, deixando um cenário de destruição e de guerra.
O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, se manifestou no Twitter, na noite desse domingo (8), sobre as manifestações, em Brasília.
“Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro disse também que durante seu mandato agiu seguindo a Constituição e repudiou “as acusações, sem provas, a mim atribuídas por parte do atual chefe do executivo do Brasil”.
O ex-presidente se referiu a fala feita pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde deste domingo (8), onde destacou que os discursos de Bolsonaro estimularam os atos de vandalismo.
Intervenção Federal
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decretou intervenção federal na área de segurança pública do Distrito Federal para manter a ordem. Na prática, o governo federal será responsável pela área de segurança na capital.
“O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado no Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão a prédios públicos”, diz.
De acordo com Lula, a intervenção está prevista para durar até o dia 31 de janeiro. O interventor vai ser o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia.
Governador do DF, Ibaneis Rocha é afastado do Cargo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, na madrugada desta segunda-feira (9), o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pelo período de 90 dias.
Na medida, o magistrado defendeu que os atos criminosos aconteceram devido à anuência da administração da federação, uma vez que os preparativos para a ação eram conhecidos.
“A escalada violenta dos atos criminosos resultou na invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, com depredação do patrimônio público, conforme amplamente noticiado pela imprensa nacional, circunstâncias que somente poderiam ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência, uma vez que a organização das supostas manifestações era fato notório e sabido”, escreveu Moraes na decisão.
Anderson Torres é exonerado da Secretaria de Segurança Pública do DF
Foi publicada na manhã desta segunda-feira (9), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), a exoneração do secretário de Segurança Pública, Anderson Torres.
A demissão de Torres, que foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PL), foi anunciada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), durante os ataques.
