Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), 742 municípios estão com alto risco de reintrodução de doenças que poderiam ser evitadas com a imunização de crianças menores de 2 anos.
O estado lançou uma campanha para conscientizar a população sobre a importância da vacinação. De acordo com a secretaria, a campanha contra a poliomielite foi prorrogada duas vezes neste ano, porém Minas não atingiu a meta de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde.
A secretaria afirma que a vacinação é reconhecida como uma das intervenções de saúde pública mais bem-sucedidas, pois, por meio dela é possível proteger contra as doenças e suas complicações.
Cobertura vacinal em Minas
Minas Gerais ficou em sexta posição no ranking nacional em relação à vacinação contra a poliomielite em crianças menores de 1 ano. Segundo o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), com relação às crianças de 1 ano, o estado ficou na quarta posição na classificação nacional para a vacina em 2021.
De acordo com o painel do ministério da saúde divulgado na última segunda-feira (28), durante a campanha, 881.235 mil crianças com idades entre 1 e 4 anos foram vacinadas, o que equivale a 84,30% do público estimado.
No cenário da tríplice viral, que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba, a cobertura vacinal da primeira dose foi de 74,44% e, da segunda dose, 53,95%. A meta do Ministério da Saúde é de 95%.
Já a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que também atende ao público adulto, teve grande redução de cobertura vacinal. No ano de 2020, houve imunização de 103% do público-alvo, porém em 2022, até o momento, a cobertura na campanha foi de 78,5%.
De acordo com a coordenadora do Programa de Imunizações da SES-MG, Josianne Dias Gusmão, o cenário de baixas coberturas vacinais é uma preocupação do Estado e por isso, são realizadas ações estratégicas em diversas frentes para garantir que as campanhas e a vacinação de rotina alcancem os públicos-alvo com a cobertura preconizada pelo Ministério da Saúde.
“Podemos destacar a parceria com a UFMG, por meio de uma pesquisa-ação; também a vigilância intersetorial de indicadores realizada pelo Gamov; a capacitação dos profissionais que atuam nas salas de vacina em parceria com a Escola de Saúde Pública (ESP); a análise, elaboração e divulgação da Classificação de Risco para a Reintrodução de Doenças Imunopreveníveis em menores de dois anos de idade; além de ações de mobilização social, promovidas em parceria com todos os 853 municípios, a fim de sensibilizar a população sobre a importância da vacinação. As vacinas salvam vidas, faça sua parte e mantenha seu cartão de vacina atualizado”, destaca a coordenadora.