Como poeta e assistente social tenho algumas considerações a fazer acerca desse tema.
1- O Brasil tem a Amazônia e outros biomas, podendo tornar protagonista e potência no cenário mundial, e deve sediar a COP 30 em 2025.
Como Assistente Social acho que o Brasil deve cuidar da restauração de biomas, agrosustentabilidade, bioenergia, justiça social, fome, segurança alimentar e climática. É o estado agindo como indutor do crescimento e desenvolvimento.
Já como poeta, vejo que a literatura também tem papel importante neste cenário: lembro Mia Couto quando disse que a literatura pode, desde já, mostrar que o ambiente não é assim como nós pensamos; mas é tudo; não está fora de nós; está dentro de nós.
A literatura pode fazer, e deve fazer essa denúncia daquilo que é uma espécie de fabricação permanente da desigualdade e da miséria.
A 27ª sessão da Conferência da ONU reúne os líderes de todas as nações para debater sobre estas questões.
Brasil tem papel chave nestas discussões, uma vez que a COP27 convidou o presidente recém-eleito antes mesmo de sua posse para participar da Conferência.
Disse Lula no seu discurso: é o reconhecimento de que o mundo tem pressa de ver o Brasil participando novamente das discussões sobre o futuro do planeta e de todos os seres que nele habitam.
O planeta que a todo momento nos alerta de que precisamos uns dos outros para sobreviver. Que sozinhos estamos vulneráveis à tragédia climática.
No entanto, ignoramos esses alertas. Gastamos trilhões de dólares em guerras que só trazem destruição e mortes, enquanto 900 milhões de pessoas em todo o mundo não têm o que comer.
Nós precisamos aprender a existir com todas as espécies em nosso planeta, que é o único que temos. E nós só vamos aprender se mudarmos nosso conceito de felicidade e de bem-estar.
A mudança de paradigma, que conduza a outra relação com a natureza.
A tecnologia e a inteligência humana devem ser usadas como ferramentas para a superação da crise atual, e a literatura deve ser capaz de despertar sensibilidades e reflexões.
Sou crítico da situação atual e alerto: “Nós estamos falando de uma situação que poderá ser catastrófica. Mas para dois terços da humanidade, essa catástrofe já está aqui e vem por causa da fome e da ameaça de guerra.
Mais vez disse Lula no seu discurso: vivemos um momento de crises múltiplas – crescentes tensões geopolíticas, a volta do risco da guerra nuclear, crise de abastecimento de alimentos e energia, erosão da biodiversidade, aumento intolerável das desigualdades.
E o Brasil está de volta para reatar laços e desenvolvimento sustentável, usando nem mais, nem menos. Usar melhor.
Esse é o principal objetivo do desenvolvimento sustentável, que sugere priorizar a qualidade na utilização de recursos naturais, a fim de salvaguardá-los para a atual e futuras gerações.
O termo busca alinhar a preservação ambiental aos interesses socioeconômicos e políticos dos países.
Tal objetivo demanda esforços individuais e coletivos, como completou Izabella Teixeira quando diz que Lula fez um “discurso histórico” na COP27.
A ex-ministra, cotada para o Ministério do Meio Ambiente, disse: é um discurso pela paz climática, pelo bem da humanidade, pelos novos estilos de vida, por uma perspectiva de lidar com a questão climática com inclusão social e com justiça.
Veja a seguir o conceito, a importância e a relação de desenvolvimento sustentável com os outros termos oriundos das conferências internacionais da ONU.
A definição de desenvolvimento sustentável é o planejamento coletivo para suprir as necessidades da atual geração, sem comprometer as gerações futuras.
Esta definição vem desde meados da década de 1970, nas primeiras reuniões da ONU.
O importante é destacar que os estudos acerca de desenvolvimento sustentável nasceram de conferências a nível global.
Com o retorno de Lula a presidência do Brasil, volta a ligação com o mundo e o país também se fortalece. Lula se mostra empenhado em fazer muito para reduzir a pobreza, cuidar das pessoas, combater a crise do clima protegendo a floresta e os povos indígenas.