Mais uma empresa deve recolher petiscos do mercado, determinou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Trata-se da fabricante Petitos Indústria e Comércio de Alimentos, com sede em Pirassununga, em São Paulo. A decisão ocorre devido à possibilidade de contaminação dos produtos com substância que pode ter matado mais 50 cães.
O ofício, datado de segunda-feira (19), é assinado pela Diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lucia de Paula Viana. No documento, é citada a informação de que dois lotes de propilenoglicol — aditivo usado na produção de alimentos — estavam contaminados com etilenoglicol.
“É determinado o recolhimento do mercado de consumo, em todo o território nacional de todos os alimentos específicos (bifinhos, snacks, petiscos) e produtos mastigáveis — todas as linhas — destinados a caninos da marca Petitos”, informa o documento. São contemplados produtos fabricados entre janeiro e setembro deste ano.
Os lotes de propilenoglicol AD5035C22 e AD4055C21, contaminados conforme o Mapa, foram vendidos a fabricantes de produtos pela TecnoClean, com sede em Contagem, região Metropolitana de Belo Horizonte. A organização afirma ter comprado de outra empresa, a paulista A&D Química, que, por sua vez, afirma não vender substância destinada à produção alimentar.
A primeira empresa a ter o recolhimento dos produtos determinado foi a Bassar. Na última semana, o Ministério estendeu a determinação para as fabricantes FVO Alimentos Ltda, Peppy Pet e Upper Dog.
O que diz a Petitos
A reportagem entrou em contato com a Petitos, contudo não obteve resposta até a publicação desta matéria. Nas redes sociais, a empresa divulgou um comunicado onde afirma que cumprirá a determinação. A fabricante também afirma que iniciou, “preventivamente, a retirada dos produtos dos pontos de venda desde 12 de setembro”.
“Ao mesmo tempo, esclarecemos que a TecnoClean Industrial Ltda, que possui presença em boa parte do mercado nacional, deixou de ser fornecedor de insumos para a Petitos, tão logo o MAPA detectou a existência de lotes contaminados de propilenoglicol por ela comercializados”, prosseguiu.
A fabricante também afirmou que a produção continua normalmente, “valendo-se do grupo de fornecedores de credibilidade e utilizando-se de processos de qualidade exigidos pelo mercado e pelas autoridades competentes”.
[Com informações: O Tempo]
