O consórcio que disponibiliza a frota de coletivos em Montes Claros, realizou na manhã desta sexta-feira 02 de setembro de 2022 uma ação sobre a venda clandestina de passagens do transporte por cambistas. O evento aconteceu na praça Doutor Carlos no centro da cidade; foram entregues panfletos a população que aguardava o coletivo.
O gestor de comunicação e marketing da Mocbus, João Neto disse em entrevista ao Portal Webterra que todos sabem que além do local onde estava acontecendo a ação, mas também na praça Coronel Ribeiro tem algumas pessoas que realizam a venda do transporte público por um valor menor, com isso o objetivo desta ação é conscientizar o usuário do transporte público que este mercado é ilegal, e no final das contas quem vai pagar esta conta é o próprio usuário.
“O Mocbus deixa de arrecadar, nós vamos ter um prejuízo, e em seguida vamos cobrar da prefeitura que administra o transporte público na cidade e isso será repassado em forma de aumento de tarifa”, disse João.
De acordo com a Mocbus, existe uma fiscalização que é realizada pela Mctrans que é o orgão que regulamenta o transporte público na cidade, porém o consórcio pede que seja intensificada, pois mesmo com o trabalho ainda existe muitas pessoas fazendo a venda dessas passagens.
Nossa equipe conversou com dois vendedores que não quiseram identificar no local e um deles disse que já trabalha na praça há mais de 20 anos e não vê as vendas como ilegais, já que trabalham para comer, e não estão roubando.
“Nem sempre nós vendemos muitas passagens, quem quer pegar pega, não obrigamos ninguém a comprar e não queremos prejudicar a empresa”
Segundo o vendedor a compra desses cartões são feitas com pessoas que trabalham em empresas na cidade e recebem o vale-transporte mas por algum motivo não faz uso para não ficar com carga retida.
Prejuízos
A Mocbus informou ainda que por dia a empresa tem 40 mil usuários, destes uma média de 800 a 900 vem deste comércio clandestino; então é uma boa parcela que o consórcio deixa de arrecadar, temos um prejuízo, ele é cobrado da prefeitura e ela aumenta para o usuário.
“Inclusive o último aumento para R$ 4,00 foi feito sem a nossa participação e isso está em debate na justiça pois foi uma decisão do município e o ministério público”.