Paradas LGBTI+ serão realizadas em Bocaiuva e Montes Claros no mês de setembro

Reafirmar a luta, o orgulho e as conquistas e cobrar os direitos constitucionais do movimento gay são bandeiras da Aliança Nacional LGBTI+, organizadora da 1ª Parada do Orgulho LGBTI+ que acontecerá no próximo sábado (03), a partir de 16h, na Praça Wandick Dumont, na Avenida Francisco Dumont, em Bocaiuva, Norte de Minas.

De acordo com Letícia Imperatriz, coordenadora-adjunta da Aliança Nacional LGBTI+ em Minas Gerais, a 1ª Parada do Orgulho LGBTI+ em Bocaiuva tem por finalidade constituir um espaço de orgulho e de compartilhamento de vivências, realidades e de direitos que, durante todo o ano, são negados para essa população. Por isso, o tema será: Consistência, Consciência e Constituição.

E para que o evento se torne sucesso, parcerias são importantes a fim de fortalecer a luta e apresentar os talentos LGBTI+ existentes na região e que precisam de espaços como esse para se apresentarem, já que, em muitos outros lugares, esse direito é negado por preconceito ou falta de conhecimento da causa.

“As atrações para esse grandioso evento serão constituídas de cantores, dançarinos, DJs como Nayani Matozinho, Cacau Carvalho, LUKZAW, SEBA, Phillip, Josepeh, Fanta Fantástica, Mary, Manuh Eduarda, Breno Nery, e outros artistas, como Lu Demicheli, Analu Matos, Jhuan Meireles e Sandrinha Terremoto”, informa Letícia.

Ela também explica que a programação ainda terá um estande com plantão jurídico para sanar dúvidas da comunidade; um estande da Secretaria de Saúde de Bocaiuva, distribuindo preservativos, realizando orientações sobre a saúde, inclusive sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), além de outro estande do projeto Inserto, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), apresentando vivências e projetos realizados pela universidade através dos seus participantes.

Montes Claros

Já em Montes Claros, mais uma edição da Parada LGBTI+ está marcada para o dia 24 de setembro, de forma presencial, após dois anos de realização remota, devido a pandemia do coronavírus.

Anderson Gregory, um dos fundadores do projeto social Arco-Íris do Amor, que organiza o evento, ressalta que o movimento é um ato político.

“Nada mais justo e interessante que agora, antes das eleições presidenciais no Brasil, realizar esse grito. Acredito que a parada desse ano, mais do que nunca, haverá um teor político mais evidente, pois ela lembra as pessoas da importância da mobilização publica em torno de uma causa”, explica Gregory.

Algumas das atrações já foram divulgadas em uma rede social do grupo. São elas: DJ André Pardini e DJ Dani.

As atualizações podem ser conferidas no instagram @arcoirisdoamor.mg

Dados alarmantes

Somente em 2022, 300 LGBTI+ sofreram morte violenta no Brasil, 8% a mais do que no ano anterior: sendo 276 homicídios (92%) e 24 suicídios (8%).

O Brasil continua sendo o país do mundo onde mais LGBTI+ são assassinados: uma morte a cada 29 horas, segundo dados do Grupo Gay da Bahia.

Recortando para pessoas trans, no corrente ano, foram pelo menos 140 assassinatos de pessoas trans, sendo 135 travestis e mulheres transexuais, e cinco casos de homens trans e pessoas transmasculinas, segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA).