É fato, a maioria esmagadora das mazelas de uma nação tem nascedouro no baixo desempenho do ensino, seja por falta de investimento, seja por ineficiência na aplicação dos recursos, seja pelo fantasma da corrupção. Essas três amarras que deveriam ser pilares, seguram o avanço Brasil. Coincidência ou não, as três estão presentes no País.
Alguém questiona?
A propósito, não é nada elogiável saber que o percentual de crianças de 6 a 7 anos que não sabem ler e escrever quase dobrou no período da crise sanitária, provocada pela Covid-19.
Os dados sobre o analfabetismo entre os mais jovens são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa, todos pela educação.
No total, cerca de 2,4 milhões de crianças brasileiras não foram alfabetizadas nesta faixa etária. Isso representa cerca de 40,8% do total dos brasileiros dessa idade.
A amostragem é desconfortável agora e no futuro não muito distante também.
O problema não é apenas das escolas, que durante a pandemia ficaram fechadas por quase dois anos. Mas também das famílias que muitas vezes não têm recursos – ou preparo cultural.
Antes que alguém questione, eu respondo: porque as famílias também não foram alfabetizadas na idade certa ou não foram alfabetizadas.
Não é de agora que pesquisas indicam que o prejuízo de uma criança que não é alfabetizada na idade certa se estende a outras etapas do ensino da sua vida também.
Alguém tem dúvidas que a Educação deveria ocupar o topo da agenda dos agentes políticos?