A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) deflagraram na manhã desta sexta-feira (5/8), em Rio Pardo de Minas, na região Norte do Estado, operação “Robal“, contra a prática de crimes de invasão de propriedade, desobediência, ameaça, desmatamento irregular e formação de quadrilha. Cerca de 40 policiais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e busca e apreensão, em desfavor de lideranças de um “movimento” invasor da Fazenda Cercado de Baixo e de Cima, localizada no município. Na ação, cinco pessoas foram presas e munições, espingarda, dinheiro, documentos, dentre outros, foram apreendidos.
Os mandados foram solicitados no Inquérito Policial instaurado pela Delegacia em Rio Pardo de Minas, onde se apuram os crimes graves praticados pelos suspeitos alvos da operação, líderes de um “movimento” intitulado legítimo invasor da Fazenda Cercado de Baixo e de Cima.
O delegado da Polícia Civil, responsável pela investigação, Guilherme de Barros Zauli, informou que os investigados, primeiramente, se aproveitaram do litígio entre o Estado de Minas Gerais e uma empresa multinacional e, invadiram a Fazenda Embaúda Sul, explorando todos os recursos naturais disponíveis. Conforme apurado, quando perceberam o esgotamento destes recursos, os líderes decidiram invadir a Fazenda Cercado de Baixo e de Cima de propriedade desta empresa. “De forma organizada, agindo como se empresa fosse, eles invadiram as terras e dividiram elas em regiões, beneficiando os líderes do movimento. Além disso, os investigados atraíram pessoas humildes para realizar os trabalhos braçais, dando continuidade ao empreendimento criminoso de exploração de madeira. A prática culminou com o enriquecimento ilícito dos suspeitos”, explicou o delegado.
No decorrer da operação cinco pessoas foram presas, quatro deles, em virtude do mandado de Prisão Preventiva expedido pela Justiça para os líderes do grupo. Outro indivíduo, foi autuado em flagrante pelo crime de posse de munições.
Ao todo, foram apreendidos durante as buscas, uma espingarda cartucheira, munições, celulares, cheques, cerca de RS 3 mil reais, dentre os quais, havia uma cédula de 100 reais com suspeita de falsificação. Além disso, foram apreendidos ainda, contratos de compra e venda de terrenos e outros documentos, relacionados com os crimes investigados.
O delegado salienta que o nome da Operação foi escolhido em referência à maneira em que o grupo se referia ao local que invadiram. ” Eles faziam um trocadilho entre Robal e o verdadeiro nome da propriedade “, pontuou Guilherme.
O delegado ressalta ainda, que as diligências continuam visando a finalização do inquérito policial em trâmite.
Os suspeitos presos encontram-se à disposição da Justiça.