Criança liga para a PM, e relata que a sua família está passando fome

Mãe vive com cinco filhos em Santa Luzia e só tinha fubá para oferecer às crianças — Foto: O TEMPO

Uma criança de 11 anos ligou para o 190 na noite dessa terça-feira (2) para pedir ajuda e dizer que a família estava passando fome. Ele afirmou à Polícia Militar que vivia com outros irmãos e com a mãe em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, e que o único alimento disponível era fubá.

A ligação foi registrada às 20h27 e uma viatura foi até a casa da criança, no bairro São Cosme, para conferir a situação.

A mãe, de 46 anos, não sabia que seu filho havia ligado para a polícia, conforme o boletim de ocorrência. Os militares disseram que não se trata de uma situação de descaso ou maus tratos com as crianças e os adolescentes  confirmaram que a família tem vivido em condições precárias.

A mulher confidenciou aos policiais que estava passando por dificuldades financeiras. Ela disse que está desempregada, faz alguns bicos e recebe auxílio federal para sobreviver, mas que o dinheiro não é suficiente para sustentar os cinco filhos. Na mesma casa vivem a mãe, uma menina de 3 anos e quatro meninos de 2, 11, 15 e 17 anos.

Nos últimos dias, a comida da família tem sido sopa de fubá. O cenário comoveu os policiais, que decidiram comprar, por conta própria, uma cesta básica para ajudar na alimentação das seis pessoas. Os militares relataram a situação para o gerente do supermercado, que também se comoveu e doou caixas de leite e pacotes de biscoito.

Além disso, a mulher foi orientada a buscar auxílio de órgãos de assistência social. “Considerando a situação precária daquela família, a polícia recebeu várias manifestações de solidariedade e pessoas interessadas em ajudar as mães daquela criança. A ocorrência está aberta para ser, posteriormente, encaminhada à Justiça”, diz o boletim.

Quem quiser contribuir com a família pode procurar a assessoria de comunicação do 35º Batalhão de Polícia Militar na avenida Frimisa, 1335, bairro Flamboyant, em Santa Luzia, ou no telefone (31) 3244 9688.

[Com informações de O TEMPO]