Familiares da estudante de química Juliana Vieira, 21, divulgaram na noite desta terça-feira (19) um comunicado em que agradecem a mobilização em busca de informações sobre o que ocorreu com ela. A jovem foi encontrada desacordada no campus Pampulha da UFMG, na quinta-feira (14), depois de se separar de colegas em um bar perto do local. No anúncio enviado para imprensa, os parentes dela também explicam que a universitária acordou do coma. Exames médicos descartaram a presença de drogas no organismo dela e mostraram álcool em quantidade pouco significativa.
Inicialmente, uma amiga da estudante divulgou, por meio das redes sociais, a preocupação da família a respeito dos desdobramentos que levaram a jovem a ser encontrada desacordada. Ontem (18), a madrasta dela, Cristiane Ribeiro, disse ao BHAZ que o quadro clínico da jovem era grave e que ela estava intubada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital João XXIII, na região Centro-Sul da capital mineira.
‘Nossa filha despertou’
No comunicado de hoje, a família conta que Juliana acordou do coma e que se recupera bem. ”É com grande alegria que comunicamos que nossa filha despertou por volta das 10h de hoje”, diz o início do texto. ”Ela respondeu bem a todos os testes até o momento e está realizando vários exames para poder ajudar com o diagnóstico efetivo do que houve com ela na noite da quinta-feira, 14/07”, continua.
Em outro momento, a família frisa o motivo pelo qual tornou o caso público, agradece a todos que se mobilizaram e pede que entendam o silêncio dos parentes sobre o caso a partir de então. ”Esclarecemos também, que o intuito de pedirmos ajuda na rede social instagram e que tomou as proporções de mídia que todos puderam acompanhar, era obter informações de como ela chegou de uma menina que estava se divertindo com alguns amigos até uma menina que é encontrada com convulsões e logo em seguida intubada e inconsciente”, explica.
‘Entendam nosso silêncio’
Ao final do comunicado, os parentes citam que conseguiram as imagens do circuito da UFMG e que a estudante começou a aparentar sentir algo perto do prédio da Fafich. Agradecem ainda a mobilização formada pela comunidade acadêmica e nas redes sociais, além de pedir que entendam o silêncio a partir de agora.
”Tivemos a ajuda de vários estudantes e também na data de hoje, tivemos acesso às filmagens de segurança da UFMG aonde mostra que a Juju atravessou a Avenida Antônio Carlos sozinha, chegou à portaria bem consciente, apresentou seu documento de identificação para entrar na sede da Universidade, caminhou tranquilamente até próximo ao prédio da Fafich, e somente aí, demonstra de fato sentir algo”.
”Agradecemos a todos que puderam ajudar e solicitamos a todos que entendam nosso silêncio a partir de agora. À medida que ela estiver bem, poderá com tranquilidade, se lembrar o que se passou durante este percurso e ai sim, caso os exames ainda não demonstrem nada, talvez ajudar a descobrir o que de fato se passou”, continua.
”Agradecemos aos jornalistas que com seriedade trataram o caso. Agradecemos à universidade que nos acompanhou e nos ajudou não só no fornecimento das imagens quanto à análise e apuração dos fatos necessários no que tange à melhor escolha dos procedimentos para sua vida acadêmica neste período”, finaliza o comunicado.
[Com informações BHAZ]