Defasagem de R$ 0,37 pode gerar mais um aumento na gasolina; entenda

O reajuste de 5,2% no preço da gasolina, praticado pela Petrobras no último sábado (18), encareceu o valor do litro que sai das refinarias em R$ 0,20. A ação da estatal desencadeou uma séria de repercussões negativas na política e na economia, tanto que culminou com a saída de José Mauro Ferreira Coelho da presidência. Há também temores de um grande efeito cascata na inflação, já que o derivado do petróleo tem muito peso no Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE. Mas mesmo com essa recente alta do combustível, há ainda margem para mais reajustes.

Segundo cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), antes do aumento da última semana, a defasagem do preço da gasolina no Brasil ante a média de valores do mercado internacional era de R$ 0,57. Assim, como o aumento da Petrobras, anunciado na sexta-feira (17), foi de R$ 0,20 na refinaria, ainda há uma defasagem de R$ 0,37.

Como o preço de saída das refinarias hoje está em R$ 4,06, ainda há margem de um reajuste de 9%, considerando a defasagem de R$ 0,37 no preço do litro, nos cálculos da Abicom. Assim, o valor bruto do combustível (antes de impostos, margens de lucro e custos da distribuição) poderia ir para R$ 4,43.
[Com informações de O TEMPO]