Mary Hellen Coelho Silva,21 anos, de Pouso Alegre, Minas Gerais, detida em 14 de fevereiro na Tailândia por tráfico de drogas, foi condenada a nove anos e seis meses de prisão pelas autoridades do país asiático.
A sentença foi proferida no domingo (8) na Tailândia, mas a embaixada só recebeu a informação na quarta-feira (11). Já os advogados só tomaram conhecimento da decisão na madrugada desta quinta-feira (12) por meio de um e-mail do consulado.
De acordo com a sentença, a jovem cumprirá dois anos por crime civil e sete anos e seis meses por crime penal. Diante da ausência de um advogado na Tailândia, a brasileira teve direito a um defensor público nomeado pela corte.
Apesar da condenação, a advogada de Mary Hellen, Kaelly Cavoli Moreira vê com bons olhos a sentença, pois esperavam uma pena de 50 anos de prisão, já que a pena de morte já havia sido descartada. A advogada disse que o próximo passo é tentar a extradição para que a condenada cumpra pena no Brasil.
“A defesa de Mary Hellen Coelho, brasileira detida na Tailândia, através desta nota informa que a brasileira já foi a julgamento perante as autoridades tailandesas e recebeu a pena de 9 anos e 6 meses de prisão, sendo divididos em dois anos por crime civil e 7 anos e seis meses por crime penal. Atualmente aguardamos a cópia dos documentos referentes ao processo para que possamos estruturar os próximos passos”, informou Cavoli em uma rede social.
Mary Hellen foi presa com mais dois brasileiros no Aeroporto Internacional de Bangkok em fevereiro com 15,5 quilos de cocaína escondidos em fundos falsos nas malas de viagem.
E-mail do consultado na íntegra
“A embaixada foi avisada ontem, 11/5, por telefone, sobre a audiência de Mary Hellen Coelho Silva perante a Corte de Samut Prakan, realizada no dia 8/5. O funcionário que informou a embaixada afirmou que a audiência foi agendada com um dia de antecedência, razão pela qual não teria sido possível alertar as partes interessadas antecipadamente.
De acordo com o funcionário da Corte, Mary Hellen foi condenada a 9 anos e 6 meses de prisão (divididos em: 2 anos, por crime civil; e 7 anos e 6 meses, por crime penal). A brasileira teria sido assistida por defensor público nomeado pela própria Corte. O setor consular está tentando, desde ontem, obter cópias dos documentos da sentença da brasileira”.