Espetáculo Pai, do ator global Glicério Rosário, chega a Montes Claros e Bocaiuva

Foto: Rede Globo/Divulgação.
Foto: Rede Globo/Divulgação.

As cidades de Montes Claros e Bocaiuva vão receber nesse mês de maio o espetáculo teatral “”Pai”, dirigido pelo ator que fez diversas novelas da rede Globo, Glicério Rosário, e com iluminação e criação do diretor de teatro Geraldo Octaviano, ambos da Cia P’atuá, de Belo Horizonte. A tour é coordenada pelo grupo de arte e comunidade, Cia Acômica.

Em Bocaiuva, as apresentações vão acontecer entre os dias 13 e 14 de maio, no Centro Cultural Henfil. Já em Montes Claros, a programação acontece entre os dias 19 a 22 de maio, no Centro Cultural Hermes de Paula.

Os ingressos podem ser obtidos por preço promocional no número 038997555002.

Sobre o espetáculo “PAI”

O espetáculo apresenta muitas perguntas e não pretende respondê-las. O objetivo é colocar dúvidas na cabeça do espectador, fazendo com que a reflexão seja plena. Quais as implicações psicológicas e, consequentemente, comportamentais quando um homem amplia sua ação como pai? Quando ele passa a se envolver afetivamente no cuidado dos filhos para além da função tradicional do prover? Como a sociedade patriarcal se reconfigura ao abandonar o paradigma de um “pai” violento, machista ou ausente? A partir desses questionamentos, o ator leva o público a refletir sobre a esfera pública. Pai/Estado que cuida (ou não) do filho/cidadão. Ampliando e problematizando estas relações sociais e entre as esferas pública e privada, indagamos: como a conscientização por parte de pais, nesta nova perspectiva de paternidade, interfere nas configurações dos modelos institucionais, das relações entre Estado e cidadão? Como dialogam?

A construção plástica é realista, mas não naturalista. A roda de pais do qual participa Mateus, se dá por um banquinho e na relação com a plateia como se fossem os outros pais; o quarto de Ivan traz uma cama e uma mesa simples, onde tem o computador, onde ele se relaciona com seus ouvintes. Painéis separam os ambientes. O narrador circula livre no palco, apresenta os espaços, reforçando sua presencialidade junto ao público. No figurino, a proposta de trazer o simbólico das personagens para a distinção de um e outro a partir de adereços, reforçando no intérprete, a necessidade do trabalho corporal para a diferenciação das personagens, aperar da utilização de um figurino que tem uma base comum. Tanto figurino quanto os painéis trazem a cor cinza como base, que serve de fundo para a construção dos espaços a partir da luz – que cria paletas distintas nos cenários – e para a construção das personagens, no uso do corpo e dos adereços de cada um.

Glicério do Rosário é ator com mais de 30 anos de carreira, também é dramaturgo e diretor teatral conceituado na cena mineira. Integrou a Cia Sonho e Drama, sendo um dos fundadores da Cia Reviu a Volta e do Grupo Trama de Teatro. Fundou a Cia P’atuá, em parceria com Geraldo Octaviano, onde produz o espetáculo PAI.

Na teledramaturgia, atuou nas novelas da Rede Globo: primeira fase de PANTANAL (2022); ÓRFÃOS DA TERRA (2019), DEUS SALVE O REI (2018), A LEI DO AMOR (2016); A REGRA DO JOGO (2015); JOIA RARA (2013), CORDEL ENCANTADO (2011). FORÇA TAREFA (2009), PARAÍSO (2009), PÉ NA JACA (2007), PARAÍSO TROPICAL (2007) e BANG-BANG (2006).

Pelos trabalhos de atuação no teatro foi vencedor dos Prêmios SESC/SATED-2009 nas categorias Melhor Ator, Diretor e Espetáculo, pelo monólogo “São Francisco de Assis à Foz”; e o Prêmio USIMINAS/SINPARC 2008 como Melhor Texto Infantil com “Cocoricó-sol, férias na fazenda”.

Geraldo Octaviano é diretor de Teatro, Ator, Produtor Cultural, Iluminador e Professor. Ele acumula experiência como iluminador e criador dos programas tecnológicos do espetáculo “PAI”, coordenador da Escola de Tecnologia da Cena do Centro de Formação Artística e Tecnológica (CEFAR do PALÁCIO DAS ARTES).