Raiva Humana: quarto caso suspeito da doença é investigado em Minas Gerais

Minas Gerais investiga o quarto caso de raiva humana no Estado. Uma morte pela doença foi registrada, um caso foi confirmado e outros dois estão em investigação pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

O quarto caso foi notificado nessa quinta-feira (21). A paciente é uma menina de 11 anos da cidade de Bertópolis, no Vale do Mucuri. Ela está com sintomas inespecíficos como febre e cefaléia.

“Devido ao parentesco  com o segundo caso confirmado, foi notificada como suspeita e encaminhada para o hospital de referência, onde foram coletadas amostras laboratoriais. A paciente segue em leito clínico, estável e em observação”, informou a secretaria.

Ainda na quinta-feira (21), uma equipe técnica do Nível Central da SES-MG  e da Unidade Regional de Saúde de Teófilo Otoni, na mesma região, se deslocaram para Bertópolis para apoiar na investigação epidemiológica dos casos e também auxiliar nas medidas de prevenção e controle. “A SES já havia fornecido vacina e soro antirrábico humano e também vacina antirrábica para cães e gatos da zona rural de Bertópolis”.

Outros  casos

No dia 4 de abril deste ano, um adolescente indígena de 12 anos morreu em decorrência da raiva humana na zona rural de Bertópolis, ele foi mordido por um morcego. Foi o primeiro óbito da doença nos últimos 10 anos, já que o anterior havia sido registrado em 2012.

Um outro caso de raiva humana foi confirmado no último dia 19 de abril em uma adolescente de 12 anos que também foi mordida por morcego em Bertópolis. Ela começou a passar mal no dia 5 deste mês e no dia 13 teve piora clínica e foi transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva, onde permanece internada e segue o protocolo de tratamento de raiva humana.

O terceiro caso notificado é de um paciente de 5 anos que morreu no dia 17 de abril. Ainda não está confirmado que ele tenha morrido pela doença e o caso é investigado.

“Apesar de o indivíduo não ter apresentado sintomas clínicos de raiva nem sinais de mordedura ou arranhadura por morcego, optou-se por investigar o óbito como tal em função da proximidade geográfica das ocorrências e dos hábitos da comunidade, seguindo os protocolos sanitários de prevenção e controle da doença. Amostras foram coletadas e enviadas para exame laboratorial e aguarda-se o resultado”, informou a SES.

A raiva humana preocupa porque, geralmente, 100% das pessoas infectadas não resistem à enfermidade. Por isso, as autoridades de saúde do Estado estão em alerta máximo.

[Com informações de O TEMPO]