Minas Gerais registra morte por raiva humana no Vale do Jequitinhonha; vítima tinha 12 anos

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou a morte de um adolescente de 12 anos que contraiu raiva humana em Minas Gerais. Ele morreu em virtude da doença no dia 4 deste mês, em Bertópolis, na região rural do Vale do Jequitinhonha. O último caso de morte por raiva humana em Minas havia sido registrado em 2012, dez anos atrás.

Outra garota, da mesma idade, está internada com suspeita da doença no município. O caso é investigado. “O quadro da paciente é estável, com evolução positiva. Foi coletada amostra para exame laboratorial e aguarda-se o resultado”, diz trecho de nota da Secretaria.

De acordo com a SES-MG, as duas notificações foram registradas nos dias 4 e 5 de abril. Tudo aponta que a enfermidade foi causada por mordidas de morcego.

Notificada do primeiro caso suspeito, a Saúde adotou medidas para prevenir o controle da enfermidade no local. Ambos os casos foram notificados ao Ministério da Saúde e uma investigação epidemiológica segue em curso. Mais que isso, a SES-MG disponibiliza imunobiológicos para o tratamento profilático antirrábico humano – antes e depois da exposição – conforme a vacina ou soro recebido.

Autoridades da Saúde ainda investigam o local para buscar indivíduos que possam ter sido expostos à doença. Posteriormente, haverá encaminhamento para atendimento médico de precaução. Em conjunto com o Ministério da Saúde, a SES-MG organiza a realiza reuniões com a equipe médica local para alinhar condutas.

A SES-MG destaca a importância de se procurar a Unidade de Saúde mais próxima para avaliação da necessidade de adoção de medidas profiláticas. Isto é, aplicação de vacina e/ou soro em caso de qualquer incidente com mamíferos silvestres ou domésticos, principalmente morcegos, cães e gatos.

Com o objetivo de evitar novos casos, foram disponibilizadas 100 doses de vacina antirrábica animal para gatos e cães da região. O objetivo é imunizar os bichos e, então, implementar ações de prevenção e controle da doença. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) também promove uma investigação epidemiológica para monitorar a ação de morcegos na localidade.

Desde a morte confirmada, a Saúde se empenha em realizar ações de educação com o objetivo de alertar as pessoas sobre a doença, suas formas de transmissão e medidas de prevenção e controle.

(Com informações do BHAZ).