O Ministério Público (MPMG) juntamente com a Receita Estadual e Polícia Militar de Minas Gerais deflagraram na manhã desta quinta-feira (7), a Operação Hangover, com o objetivo de apurar e reprimir o crime de sonegação fiscal no setor de bebidas quentes (vinhos, conhaques etc.) no Norte do estado. Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão nas cidades de Montes Claros, Brasília de Minas, Monte Azul e Salinas.
Segundo as autoridades, os alvos da operação são 14 empresas atacadistas e distribuidoras de bebidas, representantes comerciais, além de sete pessoas físicas, entre mentores e beneficiados pelo esquema de sonegação montado.
Conforme as investigações, a fraude consistia na associação de empresas de representação comercial, transporte de mercadorias e revenda de bebidas. Vinculadas a indústrias de bebidas localizadas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, os representantes comerciais envolvidos no esquema simulavam a venda dos produtos para empresas de estados da região Norte do país. Porém, essas mercadorias eram, na verdade, destinadas para as empresas mineiras alvos da operação.
Ainda de acordo com as apurações, o valor de cerca de R$ 10 milhões de imposto não recolhido aos cofres públicos de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo foi repartido entre os participantes da fraude, que também prejudicavam outros empresários do setor em função da concorrência desleal.
Hangover
O nome da operação faz referência aos sintomas mentais e físicos desencadeados pelo consumo excessivo de bebidas alcóolicas (ressaca). A operação Hangover contou com a participação de 53 servidores da Receita Estadual, seis promotores de Justiça, três servidores do Ministério Público e 58 policiais militares.