SES-MG intensifica força tarefa contra o Aedes aegypti no Norte de Minas

A Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros – (SRS) iniciou nesta segunda-feira, 21, novo ciclo de utilização de equipamentos de Ultra Baixo Volume Veicular – (UBV) para a eliminação de mosquitos adultos do Aedes aegypti em Espinosa. Trabalho semelhante foi realizado na segunda quinzena de janeiro, mas o município ainda apresenta alto índice de infestação do mosquito transmissor da dengue, Febre Chikungunya, Zika vírus e da febre amarela. As ações continuam até o final desta semana.

Francisco Sá é outro município que, nesta semana, também receberá ações de apoio da SRS no controle do Aedes aegypti. Além da cessão de veículos, a Superintendência Regional de Saúde repassa orientações técnicas quanto à utilização dos equipamentos de UBV, bem como o aerosystem, para eliminação de focos do Aedes no interior de domicílios.

Análises de laboratório dão conta de que, até o momento, foram confirmados 299 casos de dengue em 30 municípios que integram a área de atuação da SRS de Montes Claros. Os municípios com maior incidência da doença são: Janaúba (121); Riacho dos Machados (66); Espinosa (51) e Montes Claros (33).
Também por meio de exames laboratoriais, até o momento foram confirmados 82 casos de febre Chikungunya em 18 municípios jurisdicionados à Superintendência Regional de Saúde. As localidades com maior número de casos confirmados são: Montes Claros (43) e Francisco Sá (31).

Neste ano, a Superintendência Regional de Saúde já desenvolveu várias ações de apoio a municípios que integram a sua área de atuação para o enfrentamento ao Aedes aegypti. Para a Secretaria de Saúde de Montes Claros foi disponibilizado veículo equipado com equipamento de UBV para a eliminação de mosquitos adultos em bairros onde estão sendo registrados altos índices de infestação do mosquito.
Por outro lado, os municípios de Espinosa, Francisco Sá, Salinas, Rio Pardo de Minas e Pai Pedro receberam equipes técnicas da Superintendência Regional de Saúde para a realização de forças tarefas de combate ao Aedes aegpyti.

“A utilização de equipamentos de UBV constitui a última medida que deve ser adotada para a eliminação do Aedes aegypti. Como recentemente tivemos bom período de chuvas na região, é necessário que os serviços de vigilância epidemiológica e de saúde dos municípios intensifiquem as ações de eliminação dos focos de proliferação do Aedes aegypti, com a realização de mutirões para o recolhimento de pneus e outros materiais que servem para o acúmulo de água e, consequentemente, favorecem a proliferação de mosquitos”, reforça o coordenador de vigilância epidemiológica da Superintendência Regional de Saúde, Valdemar Rodrigues dos Anjos.

Por outro lado, a coordenadora de vigilância em saúde da SRS, Agna Soares da Silva Menezes destaca a necessidade dos municípios colocarem em prática os planos de contingência elaborados no segundo semestre do ano passado para o controle do Aedes aegypti.

“Assim como aconteceu nos anos de 2010, 2013, 2016 e 2019 a previsão era de que em 2022 teríamos novo período sazonal de aumento dos casos notificados de arboviroses. Nesse contexto, no segundo semestre do ano passado os municípios foram orientados para reforçar os serviços de atenção primária à saúde para atender as demandas da população, fazer os encaminhamentos necessários para os tratamentos adequados, além de notificar os casos o mais rápido possível”, lembra a coordenadora.
Até o dia 15 de março deste ano, Minas Gerais registrou 10 mil 322 casos prováveis de dengue. Desse total, 3 mil 885 casos foram confirmados para a doença. Um óbito foi confirmado e outros seis óbitos estão sendo investigados.

Em relação à febre Chikungunya, foram registrados 626 casos prováveis da doença, dos quais 84 foram confirmados. Até então, não há nenhum caso de óbito confirmado ou sendo investigado.
Quanto ao vírus Zika, foram registrados 16 casos prováveis, sendo um confirmado para a doença. Até o momento também não há óbitos por Zika em Minas Gerais.

RECURSOS
Agna Menezes observa que as secretarias municipais de saúde receberam recursos financeiros e foram orientadas quanto à elaboração dos planos de contingência, nos quais são definidas todas as ações que devem ser implementadas para o controle do Aedes. “Com o aumento de casos notificados de arboviroses na região, o momento atual exige que os municípios coloquem as ações em prática, entre elas manter tambores e caixas d´água tampadas; eliminação de água de vasos de plantas; limpeza de ralos e de vasilhames com água para animais domésticos, entre outras medidas”, observa Agna Menezes.

No mês passado os 86 municípios que compõem a macrorregião de saúde do Norte de Minas receberam da SES-MG aporte de R$ 3 milhões 673 mil destinados a ações de prevenção e de assistência aos pacientes acometidos por doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

O repasse dos recursos levou em conta o porte populacional de cada município. Nesse contexto, as localidades que receberam maior montante foram: Montes Claros (R$ 397,1 mil); Janaúba (R$ 89,8 mil); Januária (R$ 86 mil); Pirapora (R$ 75,9 mil); São Francisco (R$ 75,8 mil); Bocaiúva (R$ 70,2 mil); Salinas (R$ 62,5 mil); Várzea da Palma (R$ 60,8 mil); Jaíba (R$ 60,4 mil); Porteirinha (R$ 59 mil); Taiobeiras (R$ 55,9 mil); Brasília de Minas (R$ 54,1 mil): Espinosa (R$ 53,8 mil); Rio Pardo de Minas (R$ 52,9 mil) e Buritizeiro (R$ 50,3 mil).